A Netflix optou por não prosseguir com a segunda temporada de “Meu Pai e Outros Vexames”, série produzida e estrelada pelo ator Jamie Foxx, 53. A comédia inspirada na relação do ator com sua filha, Corinne Foxx, 27 estreou a primeira temporada com oito episódios em 14 de abril.
De acordo com o portal Deadline, a decisão de encerrar a sitcom teria sido tomada de comum acordo entre a plataforma de streaming e o artista, que têm uma parceria criativa de longa data, que inclui dois filmes futuros: “They Cloned Tyrone” e “Day Shift” (“Eles Clonaram Tyrone” e “Turno do Dia”, em tradução livre).
À época da estreia do seriado, Corinne falou ao site F5 sobre como foi liberar as próprias experiências para servir como base à atração. “Meu pai e eu passamos anos contando essas histórias embaraçosas da minha adolescência”, relembrou a jovem.
De tanto as pessoas darem risada das situações, eles transformaram esses momentos em uma comédia de TV. “Basicamente, o que fizemos foi apresentar o meu diário para a Netflix, e eles gostaram”, recordou. “Foi assim que a série surgiu. É muito louco ter apenas 27 anos e ter uma série sobre a minha vida.”
Corinne diz que participou de todo o projeto, desde o desenvolvimento dos roteiros até a seleção da atriz que viveria Shasha, seu alter-ego. “Foi muito divertido”, afirmou. O papel ficou com Kyla-Drew, 16.
“Meu pai é muito exagerado e extravagante, enquanto eu sou mais reservada e responsável”, contou. “Nós estávamos procurando alguém que pudesse contracenar com ele e, só com a cara que ela fez olhando para ele, nós dissemos que havíamos encontrado o que procurávamos.”
Apesar de ter uma carreira em ascensão como atriz, Corinne diz que não pensou em aparecer na frente das câmeras desta vez. “Ser produtora era algo completamente novo para mim, então já precisava me preocupar com muitas coisas”, disse à época. “Tive uma grande curva de aprendizado, principalmente com relação a tomar decisões importantes. É o que mais um produtor faz o dia inteiro. E para alguém indecisa como eu, foi algo difícil.”
Embora Jamie seja mais conhecido no Brasil pelos papéis dramáticos –ele venceu o Oscar de melhor ator em 2005 pelo papel do músico cego Ray Charles (1930-2004) no filme “Ray”–, a filha lembra que o pai também já se aventurou nas comédias de situação.
“Talvez não tenha chegado ao Brasil, mas ele começou na comédia”, afirmou ela, lembrando do programa de esquetes In Living Color (1990-1994), do qual ele participou no canal NBC, e do Jamie Foxx Show, que ficou no ar entre 1996-2001 no canal americano The WB.
Fonte: FolhaPress