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Sexta-feira, 29 de março de 2024

O furacão Katrina



O furacão, batizado como Katrina, começou a se formar, como uma zona de baixa pressão ao norte de Cuba, no Oceano Atlântico, em 23 de agosto de 2005.
Em 25 de agosto, já como uma tempestade tropical, se aproximou ao sul do estado americano da Flórida, com ventos de 100 milhas (160 km) por hora.
Após sua passagem pela Flórida, a tempestade voltou-se para o norte, em direção aos estados da Louisiana, Alabama e Mississipi.
Com intensidade de furacão, em 27 de agosto, o Katrina, com ventos de 175 milhas (280 km) por hora, alcançando o nível 5 na escala Saffir Simpson (que vai de 1 a 5), atingiu a cidade de Nova Orleans, na Luisiana.
Nova Orleans capital do estado, está situada em uma planície costeira, cuja altitude em relação ao nível do mar é mínima. Aliás, o ponto mais alto em todo o estado da Louisiana tem apenas 160 metros acima do nível do mar e a média do estado é de apenas 30 metros acima do nível do mar.
Toda a Louisiana está sujeita a enchentes, seja causada pelos rios e lagos, seja por tempestades no mar, é um dos locais menos defensáveis contra um furacão e o Katrina atingiu a cidade em cheio. As barreiras e diques criados para defendê-la não foram suficientes e suas comportas não foram fechadas em tempo. Oitenta por cento da cidade foi inundada. O grande lago Pontchartrain, impulsionado pelos ventos, afluiu cidade adentro causando a catástrofe.
Os ventos, além de causarem a inundação, destelharam construções com vão livre, destruíram casas construídas em madeira (haviam muitas), derrubaram árvores, rede elétrica, contaminaram reservatórios de água potável e paralisaram transportes.
A Rodovia da Costa do Golfo foi interrompida e 30 plataformas de petróleo, no Golfo do México, tornadas inoperantes.
Aproximadamente 1.600 pessoas foram mortas em Nova Orleans, das 1.800 vidas ceifadas pelo furacão. Centenas foram dadas como desaparecidas. Duzentas mil casas foram destruídas ou danificadas, mesmo sendo construídas sobre alicerces acima do nível das ruas.
Foram necessárias várias semanas para restaurar os sistemas de drenagem e bombear a água para fora da cidade.
Pessoas isoladas em casa tiveram que ser resgatadas por barco ou helicópteros, e levadas para abrigos improvisados em locais públicos, saques e violência contra pessoas retidas em casa se multiplicaram.
Nova Orleans sempre teve um histórico alto na quantidade de crimes, e, na ausência da polícia, sem condições de circular pelas ruas alagadas, o crime disparou.
Estupros, roubos e homicídios ocorreram nos bairros infundados e nos locais de reunião, como o estádio da cidade.
O governo teve que acionar a Guarda Nacional (força de reserva do exército e da força aérea dos Estados Unidos), para restauração da ordem, distribuição de alimentos e água potável e o resgate de cidadãos.
Grupos de segurança privados também foram utilizados em áreas públicas, pela primeira vez na história do país.
Os danos resultantes do furação Katrina, além das mortes diretas e destruição de propriedade, se estendeu por anos após o fato, Nova Orleans depende muito do turismo, do petróleo extraído no golfo e da atividade portuária, todos muito prejudicados pela destruição da infra estrutura da cidade.
Os prejuízos foram calculados em 81 bilhões de dólares, mas as verbas liberadas pelo governo federal, 105 bilhões, foram insuficientes para a reconstrução da cidade.
Muitos habitantes da região do Golfo, incluindo Nova Orleans, migraram para outras cidades ou estados (mais de 1 milhão).
Nova Orleans ficou reduzida a 200.000 habitantes, metade da quantidade de antes do furacão.
Com o passar dos anos e com a política de “não cooperação “ da polícia local com as autoridades de imigração, a população latina cresceu, havendo, inclusive, uma significativa “colonia” brasileira na cidade.
Hoje a indústria petrolífera instalada no Golfo do México, com grandes empresas, impulsiona a retomada de empregos local, mas, a grande vocação da cidade sempre foi cultural, sendo uma das cidades mais cosmopolitas dos Estados Unidos, morada do jazz e do “Creole”.
Torcemos para que não apareça outro furacão “perdido” pelo oceano e que resolva visitar a cidade do Mardi Grass.