GUSTAVO FIORATTI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com a maior aliança entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) garantiu quase 40% do tempo do horário eleitoral gratuito, que começa em 9 de outubro. Atrás dele, está Márcio França, que terá 16%.
O TSE ainda não determinou o total de minutos por dia do horário político nem a distribuição oficial do tempo entre partidos. A divulgação ocorrerá depois do dia 26, prazo final para o registro das candidaturas.
A conta da divisão do tempo, contudo, pode ser feita, pois leva em consideração a votação para deputados federais em 2018.
Além do MDB, que terá Ricardo Nunes como vice de Covas, o prefeito tem o apoio de partidos como DEM, Podemos, PSC, Cidadania, PL, PV e PP.
Com a maior bancada na Câmara dos Deputados, o Partido dos Trabalhadores ficou com a terceira maior fatia do horário: terá 11% do total. O partido não conseguiu apoio de outras siglas para a candidatura de Jilmar Tatto.
Joice Hasselman, candidata pelo PSL, ficará com pouco mais de 10% do total. Sua candidatura chegou a ser colocada em dúvida diante de uma ofensiva do Planalto para que o PSL apoiasse Celso Russomanno, do Republicanos, o que acabou descartado diante de uma série de resistências.
Russomanno oficializou sua candidatura nesta quarta-feira (16), com o advogado Marcos da Costa (PTB) como vice. O PTB, de Roberto Jefferson, agora aliado de primeira hora do presidente, já havia lançado Costa em sua convenção, mas vai abrir mão da candidatura do ex-presidente da OAB-SP.
Em 2018, os candidatos à Presidência divulgaram seus planos de governo em duas inserções diárias de 12 minutos e 30 segundos nas emissoras de TV.
Se for mantido o tempo total, Covas terá quase 5 minutos por programa, mais do que o dobro de tempo do que terá qualquer um de seus rivais. No mesmo cenário, Márcio França ficará com cerca de 2 minutos, e Jilmar Tatto e Joice Hasselman com pouco mais de 1 minuto, cada um.
Neste ano, discute-se no Congresso a expansão do horário eleitoral gratuito, tendo em vista que a pandemia do novo coronavírus restringirá comícios, a presença de políticos nas ruas e outras estratégias de corpo a corpo com o eleitor.
Nas última eleições municipais, o PT esteve, com Fernando Haddad, em segundo lugar no ranking de partidos com mais tempo, com 2 minutos e 35 segundos, atrás apenas de João Doria (PSDB), com 3 minutos e 6 seguntos, que venceu o pleito no primeiro turno.
Além desse tempo corrido, os candidatos ainda tiveram direito a inserções em intervalos comerciais na grade da programação de cada emissora.
Nas eleições de 2018 para a Presidência da República, o PT liderou o ranking de partidos com mais tempo de TV, somando mais de 11% do total de minutos distribuídos entre todos os partidos. Ele era seguido por MDB, com cerca de 10,5% e PSDB, que ficou com o equivalente a 9,5%.
Naquele ano, o presidente Jair Bolsonaro, na época no PSL, se elegeu mesmo estando entre os candidatos com menor tempo de TV, com inserções com menos de 10 segundos no horário eleitoral.
Concorrem neste ano também Arthur do Val (Patriota, com 2,3% do tempo do horário), Orlando Silva (pelo PC do B, com 1,7%), Levy Fidelix (PRTB, sem tempo de TV), entre outros.
Ao menos dez partidos políticos ficaram fora da partilha do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão nas eleições municipais deste ano. Desde a publicação da Constituição, em 1988, é a primeira vez que haverá legendas sem propaganda eleitoral.
Até as últimas eleições, 10% do tempo total da propaganda era distribuídos igualitariamente entre todas as legendas. Partidos nanicos, por exemplo, conseguiram em 2018 ao menos anunciar suas candidaturas principais em cerca de dez segundos.
A exclusão ocorrerá por causa da reforma política de 2017. Uma emenda constitucional estabeleceu uma cláusula de barreira para o acesso a recursos do fundo partidário e também para o tempo da propaganda eleitoral, que neste ano está programada para começar no final de setembro.
Política
Quarta-feira, 3 de julho de 2024
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