
Ministro diz que Brasil não pode se recusar a ouvir ideias de outros países
O ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmou nesta segunda-feira, 10, que o Brasil prefere a taxação do super-ricos do que a criação de um Imposto Global sobre Transações Financeiras, que está sendo chamado de CPMF global, para atingir a meta de US$ 1 trilhão por ano para a transição climática.
A declaração foi dada durante entrevista a CNN Brasil, em que Haddad lembrou da ideia da taxação dos super ricos que o Brasil sugeriu no G20.
“Vamos analisar todas as ideias na COP, não podemos recusar debater o que é trazido pelos demais países. Nós no G20 sugerimos a taxação dos super-ricos. Estamos tentando alcançar uma meta de US$ 1 trilhão e somente as 3 mil famílias mais ricas do mundo detém US$ 15 trilhões de riqueza, podendo gerar um fluxo de riqueza de US$ 300 bilhões por ano”, afirmou.
A proposta brasileira partiu de um estudo do economista francês Gabriel Zucman e propõe um imposto mínimo de 2% da riqueza dos bilionários do mundo.
Fundo de Florestas e Mercado de internacional são outras ideias brasileiras
Ainda sobre a conferência, o ministro afirmou que essa está sendo a COP “mais pragmática da história” e que o debate sobre quem vai pagar a conta para a transição climática será longa e que é preciso “não vender ilusões”. Porém, ele acredita que os debates sobre o Fundo Tropical das Florestas (TFFF) e a criação de regras para um mercado internacional de carbono podem andar mais rápido.
“Tivemos uma meta de US$ 10 bilhões sobre o Fundo Tropical de Florestas e já temos US$ 5,5 bi anunciados. China, Emirados Árabes e Países Baixos já se mostraram interessados em participar e acreditamos que depois do anúncio da Alemanha, vamos superar esse valor. A criação do mercado internacional de carbono também é uma ideia que pode crescer rápido”, acredita.
Fonte: IstoéDinheiro
