Diante de especulações e apelos de certos setores, como o varejista, para adiar a votação da reforma tributária, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou ao Estadão que o calendário está mantido para a primeira semana de julho. Ele negou a veracidade dessas especulações de atraso.
Lira assegurou que sua viagem a Portugal, onde participará da abertura do Fórum Jurídico de Lisboa na próxima semana, não prejudicará as negociações da reforma nem atrasará o cronograma. Ele declarou: “A reforma já foi discutida em todos os níveis e agora precisa do texto (parecer)”. Na sua visão, o prazo de 15 dias para que o texto seja criticado e negociado é suficiente até a votação. Ele acrescentou: “Vou retornar para ajustar a parte política”.
Desde a tarde de sexta-feira, surgiram rumores de que a reforma poderia ser adiada para agosto devido à pressão de parlamentares. Uma das razões é a demora na apresentação do substitutivo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45, referente à reforma tributária, pelo relator. Parlamentares, governadores, prefeitos e empresários estão exigindo os detalhes da proposta.
O deputado Domingos Sávio (PL-MG), presidente da Frente do Comércio e Serviços, é um dos que defendem que a proposta seja apresentada agora, mas votada apenas no segundo semestre, após o recesso parlamentar de julho.
“Não é adequado apresentar uma reforma tributária que pode impactar a economia por décadas, no momento da votação. Essa é a maior preocupação tanto de deputados da oposição quanto de governistas da frente do comércio”, afirmou o parlamentar.
Fonte: Estadão Conteúdo
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