Tecnologia
Domingo, 28 de abril de 2024

Cientistas criam tecnologia que permite controlar robôs com a mente

Universidade de Tecnologia de Sydney (UTS) está trabalhando em um projeto de pesquisa que usa a interface cérebro-máquina (ICM) para controlar robôs com a mente. A equipe de pesquisa está desenvolvendo uma tecnologia de biossensor que permite que um usuário controle um robô apenas com seus pensamentos.

Uma demonstração foi feita pelo Exército Australiano, quando integrantes da organização conseguiram controlar um robô quadrúpede usando a tecnologia. O teste mostrou que a interface cérebro-máquina foi capaz de guiar o robô com uma precisão de 94%, segundo os pesquisadores.

A interface cérebro-máquina avançada foi desenvolvida pelos cientistas Chin-Teng Lin e Francesca Iacopi, em colaboração com o Exército Australiano e o Centro de Inovação em Defesa.

“A tecnologia que não depende do uso das mãos ou da voz funciona fora das configurações de laboratório, a qualquer hora, em qualquer lugar. Ela torna redundante interfaces como consoles, teclados, telas sensíveis ao toque e reconhecimento de gestos”, disse Iacopi em comunicado.

A tecnologia foi recentemente demonstrada pelo Exército Australiano, onde soldados operaram um robô quadrúpede Ghost Robotics usando a interface cérebro-máquina. Divulgação: Exército Australiano.

A tecnologia foi recentemente demonstrada pelo Exército Australiano, onde soldados operaram um robô quadrúpede Ghost Robotics usando a interface cérebro-máquina.

O sistema funciona por meio de um dispositivo implantado no cérebro do usuário que pode ler sinais elétricos gerados pelos neurônios. Esses sinais são então interpretados por um computador, que os usa para controlar o robô. O usuário pode enviar comandos para o robô simplesmente pensando em movimentos específicos.

Embora a tecnologia ainda esteja em seus estágios iniciais, os pesquisadores afirmam que ela pode ter um grande impacto em várias áreas, como medicina, defesa e até mesmo entretenimento.

Com essa tecnologia, as pessoas com deficiência física poderiam ter maior autonomia e independência, e as equipes de resgate seriam capazes de usar os robôs para alcançar áreas perigosas e salvar vidas. Além disso, a tecnologia também pode ser usada para criar experiências de entretenimento totalmente novas.

Embora haja ainda muito trabalho a ser feito antes que essa tecnologia seja amplamente adotada, a pesquisa da UTS representa um passo importante em direção a um futuro em que o controle da mente sobre a tecnologia se torna uma realidade.

Fonte: TecMundo