Economia
Sábado, 18 de maio de 2024

Após dois anos de queda, vendas no Natal devem crescer e movimentar R$ 65 bilhões

De acordo com a CNC, as principais movimentações devem ser observadas nas áreas de hiper e supermercados, respondendo pela geração de R$ 25,12 bilhões

Após dois anos sofrendo com os grandes impactos trazidos pela pandemia de Covid-19, a expectativa é de que o Natal de 2022 apresente números melhores para o comércio e movimente mais recursos.

Uma pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) retrata aumento da intenção dos paulistanos em presentear amigos e parentes, por exemplo. Em 2021, o percentual era de 53%, número que subiu para 60% neste ano. Além disso, os desembolsos estimados também cresceram, saindo de uma média de R$ 500,00 para R$ 587,00, considerando a aquisição de três presentes. A mudança representa uma alta real de 18%.

O otimismo também está presente em estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento trabalha com uma movimentação de R$ 65 bilhões em vendas, o que representaria aumento real em 1,2% – descontada a inflação – em relação ao Natal de 2021.

Caso a análise se confirme, o ano seria o primeiro com crescimento desde o início da pandemia, no começo de 2020. O montante é inferior, no entanto, ao valor de R$ 67,5 bilhões gerado em 2019.

A entidade projetava alta maior para este ano, mas teve que reduzir. Como motivos, o encarecimento do crédito às pessoas físicas e o comprometimento da renda, fatores que pressionam o bolso dos consumidores e minguam os recursos destinados ao período natalino.

Quais os setores que devem movimentar mais recursos

De acordo com a entidade, as principais movimentações devem ser observadas nas áreas de hiper e supermercados, respondendo pela geração de 25,12 bilhões – 38,6% do volume total.

Outros setores que devem registrar números relevantes na data são lojas de roupas, calçados e acessórios, R$ 22 bilhões, e empresas com atuação em artigos de uso pessoal e doméstico, R$ 8,19 bi.

Na distribuição por estados, São Paulo deve puxar os números e girar mais de R$ 22,2 bilhões. Na sequência, aparecem Minas Gerais, R$ 5,6 bi, e Rio de Janeiro, R$ 5,6 bi. Juntos, os três devem concentrar 51,3% das vendas do período.

Fonte: Exame