O Banco Central irá perseverar até que se consolide o processo de desinflação no Brasil e a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. Segundo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, realizada na semana passada, os futuros da política monetária poderão ser ajustados e não o BC não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.
Na semana passada, o BC decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, interrompendo um ciclo de alta que se prolongava desde março de 2021. Os juros continuam em seu maior patamar desde janeiro de 2017.
Dois membros do comitê votaram por uma elevação residual de 0,25 ponto porcentual na taxa básica de juros. Eles membros argumentaram que a alta adicional fortaleceria a mensagem de comprometimento do Copom com sua estratégia, diante da elevação das expectativas de inflação e da projeção no cenário de referência para o ano de 2024, em ambiente de incerteza sobre o nível do hiato do produto e a dinâmica da atividade.
Segundo a ata, esses membros avaliam que os riscos de alta elencados no balanço de riscos podem ter impactos mais duradouros caso se materializem, e sugeriram cautela adicional na avaliação das projeções do cenário de referência para o ano de 2024.
Fonte: InfoMoney