Economia
Sábado, 18 de maio de 2024

Brasil mantém liderança em ranking de juros reais, aponta levantamento

Considerando o valor nominal da taxa, de 13,75%, os juros brasileiros ficam na segunda posição dentre 40 países

O Brasil continua com a maior taxa de juros reais dentre as 40 principais economias do mundo mesmo após o Comitê de Política Monetária (Copom) manter o valor da Selic inalterado na quarta-feira (21). Os dados são de um levantamento da corretora Infinity Asset.

taxa Selic está atualmente em 13,75%, mesmo valor definido em agosto, enquanto a taxa real, que subtrai dos juros a inflação projetada para os próximos 12 meses, recuou de 8,52% para 8,22%, refletindo as revisões do mercado.

Mesmo com a queda, e com outras economias intensificando ciclos de alta de juros, o Brasil segue na liderança. Em segundo lugar, o México possui uma taxa de juros real de 4,2%. Completam os cinco maiores valores a Colômbia (3,86%), o Chile (3,38%) e a Indonésia (2,62%).

Já os menores juros reais são da Turquia (-14,45%), República Tcheca (-7,06%), Holanda (-6,25%), Bélgica (-6,08%) e Espanha (-5,99%). A grande quantidade de países europeus com taxas de juros negativas reflete projeções ainda elevadas de inflação para o continente, além do atraso do Banco Central Europeu (BCE) em começar seu ciclo de alta de juros.

A média de juros reais dentre os 40 países subiu de -1,89% para -1,69%, indicando que as inflações projetadas ainda tendem a ser maiores que as taxas de juros atuais, mas que os países seguem elevando suas taxas em resposta.

Considerando apenas a taxa nominal de juros, o Brasil avançou da terceira para a segunda posição mesmo com a manutenção da Selic. O avanço ocorreu devido à queda da taxa de juros da Turquia, realizada pelo banco central turco devido às pressões do presidente do país, e mesmo com uma inflação em alta.

As cinco maiores taxas nominais são da Argentina (75%), Brasil, Turquia (12%), Hungria (11,75%) e Chile (10,75%).

Ainda segundo o levantamento, os menores juros são da Suíça (-0,75%), Japão (-0,1%), Dinamarca (0,65%) e dos países da zona do euro, com 1,25% após a mais recente alta pelo BCE. A média atual é de 5,69%, ante 4,87% em agosto.

Fonte: CNN