Destaques
Quinta-feira, 4 de julho de 2024

Depois de BC e Tesouro, agora é a CVM que ameaça cruzar os braços

Aumenta a pressão do funcionalismo federal sobre o governo de Jair Bolsonaro. Depois de os servidores do Banco Central decretarem uma greve que ameaça até a operação do PIX e de funcionários do Tesouro anunciarem paralisação de dois dias, agora o endereço da dor de cabeça de Paulo Guedes é a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O SindCVM, sindicato que reúne servidores da autarquia, convocou assembleia para a próxima segunda-feira para decidir se param total ou parcialmente suas atividades. Cabe à CVM fiscalizar todo o mercado de capitais brasileiro.

Os funcionários da CVM exigem reajuste de 20% para compensar as perdas inflacionárias sofridas desde 2019. Outra reivindicação é que a taxa de fiscalização cobrada pela CVM dos agentes de mercado se torne fonte de receita exclusiva do órgão. Atualmente, o dinheiro vai para o Tesouro, mas grande parte não volta para a autarquia.

Além disso, há anos a CVM cobra do governo federal a realização de concurso para reduzir seu déficit de pessoal. O último aconteceu há mais de uma década.

O estopim para a revolta dos servidores de BC, CVM, Tesouro e Receita — que também ameaça greve — foi o plano de Bolsonaro de conceder reajustes apenas a policiais federais em pleno ano eleitoral.  

Fonte: O Globo