Economia
Sábado, 18 de maio de 2024

O cavalo de pau do Ponta Sul Este .

Investidor Flávio Gondim, o “Monstro do Leblon”, reduz posição no Inter para limitar perdas

Flávio Gondim, o “Monstro do Leblon”, puxou o freio de mão para tentar conter as perdas da carteira do Ponta Sul. Desde ontem, as voláteis ações do banco Inter, uma das principais posições do fundo, já caíram mais de 22% — há pouco, entraram em leilão na B3. Corre nas mesas de operação que Gondim mandou stopar o papel e seria o vendedor de 20 milhões de units a R$ 21 hoje, ordem colocada pela corretora do BTG — um volume de R$ 420 milhões.

Ontem, o investidor também teria vendido mais um lote relevante. O giro de BIDI11 chegou a R$ 415,2 milhões na terça-feira, ante média diária de R$ 324,8 milhões no ano passado. Hoje, na primeira hora do pregão, o volume estava em R$ 55,3 milhões. Após o leilão, o volume saltou para quase R$ 1 bilhão e o papel passou a subir 1,3%.

Na última carteira aberta na CVM, referente a novembro, o Ponta Sul tinha 87,8 milhões de units do Inter. Em dezembro, o banco comunicou que o acionista havia vendido parte de suas ações preferenciais, passando a deter 199,3 milhões de PNs naquele mês — correspondente a 15,51% das PNs do Inter.

O PL do fundo, que era de R$ 3,87 bilhões naquela data estaria em R$ 1,33 bilhão atualmente, marcando perdas de 54,55% e uma volatilidade de 125,3% em 12 meses, segundo dados compilados pelo site de informações de fundos Mais Retorno.

O cavalo de pau é contenção de danos. “Se fosse outro cara podia estar quebrando, mas ele sabe operar bem nesse tipo de extremo”, argumenta um gestor também do Leblon, contrariando a boataria.

Um operador chama atenção para o volume de negociação de Ambipar, outra posição do investidor, que também aumentou nos últimos dois dias, com pressão vendedora. O papel caiu 9% ontem e cai 4,3% hoje. Não é a primeira vez que Gondim cobre perdas do Inter com a venda de posição na Ambipar.

Fonte: Valor Pipeline