Entre os destaques estão os trabalhos do Makuxi Jaider Esbell, que também é o curador da mostra; criações do líder indígena, escritor e filósofo Ailton Krenak; tecelagens de Bernaldina José Pedro; esculturas de Dalzira Xakriabá e Nei Xakriabá e muito mais.
“Moquém_Surarî” leva ao MAM SP traduções visuais das cosmovisões e narrativas dos artistas que pertencem aos povos Baniwa, Guarani Mbya, Huni Kuin, Krenak, Karipuna, Lakota, Makuxi, Marubo, Pataxó, Patamona, Taurepang, Tapirapé, Tikmũ’ũn_Maxakali, Tukano, Wapichana, Xakriabá, Xirixana e Yanomami.
Nessa seleção poderosa, há tanto nomes já conhecidos no mercado da arte quanto artistas desconhecidos (mestres das práticas xamânicas e pajés). Há também obras de roraimenses que tratam de temas políticos e territoriais.
O título da exposição – “Moquém_Surarî” – fala sobre a troca e a transformação de conhecimento por diferentes tempos. Segundo Jaider Esbell, um dos objetivos da curadoria é apresentar ao público outras histórias da arte, sem tentar encaixar a arte indígena em uma narrativa ocidentalizada.
“Moquém” é uma ferramenta milenar utilizada pelos povos indígenas para conservar alimentos. Entre os Makuxi, existe a lenda da transformação do “moquém” em uma mulher que subiu aos céus à procura de seu dono. No céu, “Surarî” virou a constelação responsável por trazer chuva.
A mostra conta com uma série de depoimentos em vídeo de artistas de Roraima. Todo esse material fica disponível nas redes sociais do museu.
Também estão programadas oficinas e lives com os artistas sobre assuntos como arte e xamanismo, povos indígenas e a história da arte e a força das mulheres indígenas.
Fonte: Catraca Livre