Cultura
Domingo, 28 de abril de 2024

Mostra de Cinema de SP premia ‘Urubus’ e ‘Clara Sola”

A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo anunciou na noite desta quarta-feira (3), em cerimônia de encerramento no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista, os premiados de sua 45ª edição. O júri internacional, composto por Beatriz Seigner, Carla Caffé e Joel Zito Araújo, escolheu o costa-riquenho “Clara Sola” como o melhor filme estrangeiro entre aqueles pré-selecionados pelo voto do público, na seção Novos Diretores.
Dirigido por Nathalie Álvarez Mesén, o longa acompanha uma mulher de 40 anos que acredita ter uma conexão especial com Deus. Quando conhece o namorado de sua sobrinha, ela vê seus desejos sexuais despertarem após anos de repressão.
Além do Troféu Bandeira Paulista de filme, “Clara Sola” também levou o prêmio de melhor atriz, para Wendy Chinchilla Araya. O melhor ator do evento foi Yuriy Borisov, de “Compartment Nº 6”, e o júri decidiu ainda conceder menção honrosa a “Pequena Palestina, Diário de um Cerco”.
Já o público, que após as sessões pôde dar notas de um a cinco para os filmes, escolheu “Onoda – 10 Mil Noites na Selva” como melhor filme de ficção internacional e “Summer of Soul (… ou, Quando a Revolução Não Pôde Ser Televisionada)” como documentário. Entre os brasileiros, “Urubus” arrematou o prêmio para ficções e “O Melhor Lugar do Mundo É Agora”, o destinado a obras documentais.
“Urubus”, em que Cláudio Borelli questiona o papel da pichação no mundo da arte, também foi o escolhido para levar o prêmio da crítica -oferecido por um comitê de jornalistas e críticos de cinema. “O Compromisso de Hasan” foi eleito, pelo mesmo grupo, o melhor longa estrangeiro da Mostra de Cinema de São Paulo. Em paralelo, a Abraccine, a Associação Brasileira de Críticos de Cinema, premiou “A Felicidade das Coisas” como a melhor estreia de um diretor.
Por fim, o Instituto Olga Rabinovich concedeu o prêmio Projeto Paradiso ao roteirista João Braga, que vai receber R$ 30 mil para seu próximo projeto, “Entre Espelhos” -a iniciativa escolhe, entre os diretores da Mostra Brasil que tenham outros projetos em desenvolvimento, alguém para receber o incentivo. Já o Brada, coletivo de diretoras de arte do país, premiou “Clara Sola” também por sua direção de arte.
A 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo vem exibindo os títulos selecionados para este ano de forma híbrida desde o fim de outubro. Apesar da cerimônia de premiação, o público ainda pode conferir alguns desses filmes na tradicional repescagem, que vai até o dia 7 de novembro.
Ao todo, 85 filmes ganham uma segunda chance na plataforma Mostra Play, como “Murina”, “Ahed’s Knee”, “Bergman Island”, “Diários de Otsoga”, “Higiene Social”, “Jane por Charlotte” e os premiados “Pequena Palestina, Diário de um Cerco” e “Urubus”.
Confira, abaixo, a lista de premiados da 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.​

​VENCEDORES DA 45ª MOSTRA DE SP

Prêmio do Júri – Melhor Filme
“Clara Sola”, de Nathalie Álvarez Mesén

Prêmio do Júri – Melhor Atriz
Wendy Chinchilla Araya, por “Clara Sola”

Prêmio do Júri – Melhor Ator
Yuriy Borisov, por “Compartment Nº 6”

Menção honrosa do júri
“Pequena Palestina, Diário de um Cerco”, de Abdallah Al-Khatib

Prêmio do Público – Melhor Documentário Brasileiro
“O Melhor Lugar do Mundo É Agora”, de Caco Ciocler

Prêmio do Público – Melhor Filme de Ficção Brasileiro
“Urubus”, de Cláudio Borelli

Prêmio do Público – Melhor Documentário Internacional
“Summer of Soul (… ou, Quando a Revolução Não Pôde Ser Televisionada)”, de Ahmir “Questlove” Thompson

Prêmio do Público – Melhor Filme de Ficção Internacional
“Onoda – 10 Mil Noites na Selva”, de Arthur Harari

Prêmio da Crítica – Melhor Filme Internacional
“O Compromisso de Hasan”, de Semih Kaplanoglu

Prêmio da Crítica – Melhor Filme Brasileiro
“Urubus”, de Cláudio Borelli

Prêmio da Abraccine – Melhor Filme Brasileiro de Diretor Estreante
“A Felicidade das Coisas”, de Thais Fujinagua

Prêmio Projeto Paradiso (apoio ao desenvolvimento de novos filmes)
“Entre Espelhos”, de João Braga

Prêmio Brada – Melhor Direção de Arte
Amparo Baeza, por “Clara Sola”

Fonte: FolhaPress