SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo João Doria (PSDB) concluiu o leilão para a concessão do Zoológico, Zoo Safari e Jardim Botânico de São Paulo por 30 anos à iniciativa privada. A proposta foi de R$ 111 milhões.
O consórcio com a melhor proposta foi o Reserva Paulista. O valor mínimo era de R$ 48 milhões, logo, houve um ágio de 132%.
As empresas vencedoras terão de modernizar e fazer investimentos nos equipamentos. O consórcio terá ainda que fazer a manutenção e modernização dos equipamentos, prédios, áreas de exposição de flora e demais áreas.
Doria, que havia prometido a concessão dos equipamentos, esteve presente no evento e elogiou as privatizações.
“Nosso governo é um governo liberal. E um governo liberal para valer. Não é conversa eleitoral. Nosso governo acredita no setor privado, aposta no setor privado e entende que o privado é melhor do que público”, disse, numa alfinetada ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que vem sendo criticado pelo mercado por interferir na Petrobras e em estatais, contrariando o discurso liberal da campanha eleitoral.
Segundo Doria, o ágio superou a expectativa, que era em torno de 100%.
Agora, falta apenas o governo analisar os documentos para aprovação final da documentação da vencedora da concessão, cujo resultado sai no dia 27 de fevereiro.
O governo afirma que o valor para o contrato único para os parques é de R$ 417 milhões, sendo R$ 263 milhões de investimento mínimo e R$ 180 milhões nos cinco primeiros anos da assinatura do acordo.
O consórcio vencedor inclui empresas as empresas Turita Engenharia, Live Park, Oceanic Zoo Corporation, Egypt engenharia e participações, Era Técnica e Enge Pavi.
A segunda proposta foi apresentada pelo consórcio Cataratas do Iguaçu, no valor de R$ 82 milhões.
A concessão foi anunciada em 2019, primeiro ano da gestão do governador. Na ocasião, a ideia seria economizar R$ 4 milhões por ano com as três concessões. A empresa que assumisse faria investimentos em modernização e manutenção das três áreas.
Segundo o governo, o Zoológico e o Zoo Safari são superavitários -ambos recebem cerca de 1,3 milhão de visitantes por ano. Já o Jardim Botânico seria deficitário, frequentado por 270 mil visitantes por ano.
A concessão passou por aprovação na Assembleia Legislativa em junho de 2019. Na ocasião, a oposição criticou o projeto afirmando que seria um “cheque em branco” do governo à iniciativa privada.
O zoológico de São Paulo é o maior em biodiversidade da América latina, de acordo com o governo.
As atividades de pesquisa, centros de conservação e proteção de espécies ameaçadas continuarão a ser administradas pelo estado.
Segundo o governo, no zoológico, o concessionário terá de promover “mais imersão na natureza e nos recintos pelo bem-estar animal”. O contrato tem investimentos previstos para construir habitats mais modernos, amplos e integrados, além do monitoramento de indicadores de desempenho da saúde dos animais.
Segundo o projeto, o consórcio terá de conceder ingressos grátis para crianças com até 4 anos e para estudantes e professores da educação infantil, ensino fundamental e médio da rede pública de ensino, em dias específicos. A meia-entrada continua a existir.
No Jardim Botânico, está previsto o aumento do uso público com a implantação de programas de educação ambiental, espaços de lazer, cultura, alimentação e melhorias na acessibilidade.
“A concessão trará muitos benefícios. O atendimento aos visitantes ficará ainda melhor com os investimentos que serão feitos tanto no Zoológico quanto no Jardim Botânico e o governo, por sua vez, vai focar seus recursos e esforços nas pesquisas e proteção à biodiversidade, que continuarão com o estado”, disse o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de SP, Marcos Penido.
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Quinta-feira, 3 de outubro de 2024
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