Economia
Quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Consórcio oferece R$ 112 milhões por concessão do Mercadão de SP por 25 anos

ARTUR RODRIGUES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A gestão Bruno Covas (PSDB) abriu nesta quinta-feira (2) as propostas para a concessão do Mercado Municipal Paulistano. A maior oferta foi de R$ 112 milhões.
A proposta é para administrar o mercadão e o Mercado Kinjo Yamato, também no centro da capital paulista.
De acordo com a prefeitura, a outorga mínima fixada era de R$ 30,6 milhões, gerando um ágio de 266%.
A prefeitura diz que o benefício financeiro é de R$ 225 milhões, incluindo investimentos em equipamentos, outorgas e pagamento de impostos.
O consórcio Novo Mercado Municipal apresentou a melhor proposta. Ele composto pelas empresas Brain Realty Consultoria e Participações e Mercado Municipal de SP (fundo de investimento).
Outros dois consórcios fizeram propostas, o Consórcio Mercado Novo SP, com proposta de R$ 63 milhões, e o Consórcio Novo Mercadão, de R$ 53,6 milhões.
A comissão de licitação agora terá que analisar a documentação e, após prazo de cinco dias para recursos, a prefeitura pode publicar o resultado da primeira fase. Há ainda uma segunda fase, em que a Comissão de Licitação marcará a sessão de abertura do envelope de habilitação.
A licitação prevê a reforma dos dois mercados, além da exploração comercial, operação e manutenção. O vencedor terá que investir ao menos R$ 83 milhões em obras como melhoria da estrutura de sanitários, iluminação, restauro de danos à fachada, adequação para acessibilidade.
A empresa deverá manter o projeto original do espaço e todas as mudanças deverão ser aprovadas por órgãos do Patrimônio Histórico.
O concessionário deverá também pagar uma outorga variável anualmente, cuja alíquota varia entre 5% e 10% da receita bruta.
Hoje, os locatários atuam com sistema de boxes, com pagamento ao mês pelo local. Após a concessão, os que quiserem permanecer pagarão ao concessionário o mesmo valor durante os primeiros 24 meses.