EDUARDO CUCOLO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Praticamente sete em cada dez brasileiros têm a avaliação de que a situação econômica do país não irá melhorar nos próximos meses, de acordo com pesquisa Datafolha.
Para 41% dos entrevistados, a expectativa é de piora. Para 28%, a situação vai ficar como está, segundo levantamento realizado de 8 a 10 de dezembro de 2020. Para outros 28%, ela vai melhorar.
Os percentuais são praticamente os mesmos verificados na pesquisa realizada pelo instituto em agosto do ano passado.
No levantamento feito em dezembro de 2019, antes da crise gerada pela pandemia, 24% esperavam piora, 31%, estabilidade, e 43% achavam que ira melhorar.
Quando lhe foram perguntados sobre a perspectiva para sua própria situação econômica, 22% disseram que vai piorar, 46%, que ficará como está, e 31% esperam uma melhora. Em agosto, eram 19% (piora), 49% (ficar como está) e 30% (melhora).
A pesquisa ouviu, por telefone, 2.016 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Para 2021, as expectativas do mercado financeiro são de retomada do crescimento, após a contração da economia registrada em 2020 por causa da pandemia.
Esse crescimento, no entanto, não será suficiente para repor as perdas verificadas no ano passado, o que só deve ocorrer em 2022.
Para o primeiro semestre deste ano, o cenário é de mais incertezas, em razão do tempo necessário para o início do programa de vacinação e da evolução da pandemia da Covid-19 no país.
A redução do auxílio emergencial pela metade, por exemplo, colocou a renda de cerca de 7 milhões de pessoas abaixo do nível de pobreza de até R$ 5,50 por dia em outubro de 2020, em relação ao verificado em setembro, e esse número deve subir para quase 17 milhões com a extinção do benefício, de acordo com estudo do pesquisador Vinícius Botelho, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).
A pesquisa do Datafolha mostrou que o auxílio emergencial ainda era única fonte de renda para 36% das famílias que receberam pelo menos uma parcela do benefício no ano passado.
De acordo com a pesquisa, 39% dos entrevistados pediram o auxílio emergencial, e 81% desses pedidos foram atendidos. Dados do governo mostram que o voucher alcançou quase 70 milhões de brasileiros.
Há também dúvidas em relação às “cicatrizes” deixadas pela crise, com a expectativa de que a retomada amplie as desigualdades vistas no país.
A retomada do mercado de trabalho também é dúvida, mesmo com a geração re- corde de vagas com carteira em novembro.
No total, o desemprego bateu novo recorde em novembro, atingindo 14 milhões de brasileiros.
A taxa de desocupação chegou a 14,2%, o maior percentual da série histórica da Pnad Covid, pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) iniciada em maio do ano passado para mensurar os efeitos da pandemia no país. Esse indicador considera o mercado informal de trabalho, autônomos e funcionários públicos.
Destaques
Segunda-feira, 14 de outubro de 2024
Dólar | R$ 5,18 | 0,000% |
Peso AR | R$ 0,03 | 0,164% |
Euro | R$ 5,59 | 0,000% |
Bitcoin | R$ 114.180,92 | 0,096% |
Quaest mostra que Pablo Marçal já é um nome nacional e dividiu a direita para 2026
Influenciador ultrapassa alternativas conservadoras na ausência de Bolsonaro; fragmentação é desafio mesmo com eventual impedimento no próximo pleito A pesquisa de intenção de voto para a Presidência da República divulgada no último domingo (13) pelo instituto Quaest, apesar da antecedência de 3 anos do pleito, traz sinalizações relevantes tanto para a esquerda quando para a direita na...
Política
Vamos ter boas surpresas na relação entre Fazenda e BC a partir de 2025, diz Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 14, que a estabilização da dívida como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) não depende apenas de sua pasta, mas também do Banco Central (BC), já que a alta dos juros eleva o custo de financiamento do País. Durante o Macro Vision, evento do Itaú BBA,...
Economia
Exercício de ataque nuclear da Otan eleva tensão, diz Rússia
O exercício anual de ataque nuclear da Otan começou nesta segunda (14) com a estreia da Finlândia, que aderiu à aliança militar ocidental no ano passado, e críticas da Rússia.“Sob as condições de uma guerra quente, que está ocorrendo dentro do arcabouço do conflito ucraniano, tais exercícios levam a nada menos do que mais escalada...
No Mundo
Red Bull constrói primeiro estádio do Brasil totalmente em Light Steel Frame
Com método inovador, SteelCorp está à frente do projeto de construção da nova arena do Red Bull Bragantino, que deixará legado para a cidade paulista e para a engenharia brasileira Ousadia, coragem e inovação sempre estiveram no DNA da marca de bebidas energéticas Red Bull. Entre as façanhas mais incríveis já proporcionadas pela companhia austríaca está...
Negócios
Cresce procura por fundos que financiam disputas ‘Davi contra Golias’ na Justiça
Um investimento de alto risco, que já tem mercado maduro em alguns países europeus, nos Estados Unidos e na Austrália, está crescendo no Brasil: o financiamento de litígio. A modalidade começou a ser operada por algumas gestoras há dez anos e vive um momento de expansão.O financiamento de litígio integra uma categoria de investimento chamada...
Economia
China inicia novas manobras militares em torno de Taiwan; EUA monitoram ação
Comunicado chinês diz que operação também serve como um aviso aos atos separatistas das forças de independência de Taiwan Militares da China lançaram uma nova rodada de manobras de guerra próximos de Taiwan nesta segunda-feira (14), dizendo que era um alerta aos “atos separatistas das forças de independência de Taiwan”, atraindo a condenação dos governos...
No Mundo
Petrobras deve reduzir investimentos previstos para 2025, diz agência
A Petrobras deverá reduzir os investimentos previstos em 21 bilhões de dólares no ano que vem, afirmaram três fontes próximas às discussões à Reuters, a despeito de pedidos do governo para a companhia acelerar seus projetos. Essa redução marcaria o terceiro ano, pelo menos, em que uma projeção anual da estatal não seria alcançada, após...
Economia