Por Mauricio Almeida –
Depois de quatro meses fechado o alto-forno 1 da Usiminas, na cidade de Ipatinga, no Vale do Aço de Minas Gerais, vai voltar a funcionar. O equipamento produz o ferro-gusa, que é a primeira etapa do processo siderúrgico.
O alto-forno foi desligado no dia 24 de abril devido à queda da demanda por aço por causa da pandemia do novo coronavírus. Agora com o reaquecimento do mercado nacional e internacional as atividades na usina vão começar a voltar ao normal. De acordo com vice-presidente Industrial da Usiminas, Américo Ferreira Neto, o religamento do alto forno é uma prova de que a economia está crescendo novamente: “A Usiminas não produz para estocar, portanto o alto-forno só voltará a funcionar porque novas encomendas de aço da indústria chegaram.”
A Usiminas em Ipatinga, que tem cerca de 6 mil funcionários, é fundamental para o desenvolvimento econômico de toda a região do Vale do Aço. A volta das atividades é um bom sinal para o comércio e para a rede hoteleira. Madalena Rodrigues, gerente-geral de um dos hotéis da região, diz que durante os piores meses da pandemia todos os quartos ficaram vazios e dez funcionários foram demitidos. Agora com a volta das atividades na região a expectativa é que o hotel vai ficar lotado novamente e que novos empregos serão gerados. “O turismo de negócio que acontece por conta da Usiminas é o principal responsável para atrair hóspedes para Ipatinga. A volta do alto-forno também vai ajudar o setor de turismo.”
A economia do Vale do Aço não é a única que vai ser beneficiada com o religamento do alto-forno 1. O presidente do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal, Cesar Bergo, diz que a exportação do material produzido na Usiminas também vai ajudar toda a economia brasileira neste período de retomada do crescimento. “Nós estamos passando de um grande pessimismo para um otimismo moderado. As novas contratações que estão sendo realizadas pela Usiminas são um sinal de que a partir de setembro vamos reverter a situação de crise e caminhar de volta para a normalidade.”
Fonte: Agência Brasil