Sem categoria
Quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Efeitos de uma crise!

No dia 24 de Outubro de 1929, conhecido como “a quinta feira negra”, a Bolsa de valores de Nova Yorque entrou em queda e, de forma abrupta e sem precedentes houve perda de 11% em um único dia. Nos dias seguintes a queda continuou, e nos próximos dez anos, pelo menos, o mundo iria sentir os seus efeitos.
Não foi sem aviso, já havia sinais de recessão, mas a especulação, o otimismo exagerado, superprodução, queda nos preços dos produtos, tudo enfim, levou a estagnação. A queda no valor das ações na Bolsa de Valores, a corrida aos bancos com o saque maciço de fundos levaram ao caos financeiros. Bancos faliram e correntistas perderam o que possuíam.
As medidas do governo americano, liderado por Herbert Hoover, reduzindo a circulação de dinheiro, parecem não ter resolvido a crise econômica. Em 1932 Franklin Roosevelt foi eleito e, implantou uma série de medidas conhecidas como New Deal, onde o governo americano passou a intervir na economia.
Frentes de trabalho foram criadas, obras públicas, parcerias entre o governo e empresas, ajuda social, estabelecimento de um salário mínimo, leis anti monopólio e etc. Os efeitos da crise, porém, ainda se fariam sentir por muitos anos, a economia do E.U.A somente retornando ao “normal” após a 2° Guerra Mundial (1945)
A pandemia, reconhecida como tal pela OMS, nos está levando a uma crise econômica, gerada pela necessidade do isolamento, sem o qual, a própria crise pode se tornar muit mais grave. Se trabalharmos, a doença pode chegar ao total descontrole, se não trabalharmos aprofundamos a crise econômico e o nosso endividamento pessoal.
Como na crise econômica de 29, há um dilema, qual é a solução? Há os que proclamam que as medidas de Roosevelt, na verdade, pioraram e estenderam a crise, o consenso é difícil.
Na hora em que o vírus estiver sob controle, e que for dado o sinal verde para e economia, grande parte da população estará endividada, terá que cobrir gastos de meses sem produzir, contas atrasadas, aluguéis, cheque especial, e outros mais. Sobrarão recursos para voltar ao consumo? O comércio vai retomar a atividade? Com os juros nos patamares que se pratica no Brasil, os efeitos na economia se estender por meses ou anos.
Como na crise de 29, a crise atual era previsível, os governos de todo planeta erraram, da Itália aos Estados Unidos, todos assistiram ao ocorrido na China sem adotar medidas preventivas. Não há mais como adiar, os governos precisam incluir o risco de novas pandemias entre as prioridades do futuro.
Reserva de fundos para emergências, pesquisa científica governamental, saneamento básico, medicina pública acessível, acesso a informação confiável, credibilidade…enfim mais ciência e menos vaidade.