No Mundo
Terça-feira, 23 de julho de 2024

Quarenta países pedem que Israel levante sanções impostas aos palestinos

Cerca de 40 países pediram nesta segunda-feira a Israel que levante as sanções impostas à Autoridade Palestina neste mês, depois que a mesma solicitou à Corte Internacional de Justiça (ICJ, sigla em inglês) da ONU que estudasse as consequências da ocupação israelense.

No último dia 30 de dezembro, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que solicitava a opinião da corte sobre a ocupação dos territórios palestinos pelo Estado hebreu. Em retaliação, Israel anunciou no último dia 6 a imposição de uma série de sanções, algumas financeiras, à Autoridade Palestina.

Nesta segunda-feira, cerca de 40 países membros da ONU reafirmaram seu “apoio inabalável” à ICJ e à lei internacional, expressando “preocupação profunda com a decisão do governo israelense de impor medidas punitivas contra o povo, os líderes e a sociedade civil palestinos após o pedido da Assembleia Geral” ao tribunal.

“Independentemente da posição de cada país sobre a resolução, rejeitamos a adoção de medidas punitivas em resposta a um pedido de parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça e, mais amplamente, em resposta a uma resolução da Assembleia Geral, e pedimos a sua remoção imediata.”

Assinaram o comunicado países que votaram a favor da resolução (Argélia, Argentina, Bélgica, Irlanda, Paquistão e África do Sul, entre outros), mas também alguns dos que se abstiveram (Japão, França e Coreia do Sul) e outros, que votaram contra, como Alemanha e Estônia. “Isso é significativo e mostra que, independentemente do que os países votaram, eles estão unidos na rejeição a medidas punitivas”, expressou o embaixador palestino ante a ONU, Riyad Mansour.

Um porta-voz do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, reiterou “a preocupação profunda” do mesmo com “as medidas recentes de Israel contra a Autoridade Palestina”, e disse que “não deveria haver retaliações” ante um pedido à ICJ.

O Conselho de Segurança do órgão internacional deve discutir o assunto na reunião da próxima quarta-feira.

Fonte: AFP