Economia
Terça-feira, 5 de agosto de 2025

Ata Copom: BC diz que tarifa dos EUA gera impactos setoriais relevantes e efeito agregado incerto

Banco Central afirmou que acompanha com atenção os possíveis impactos da tarifa imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros e que terá como foco mecanismos de transmissão da conjuntura externa sobre a dinâmica de inflação interna e seu impacto sobre o cenário prospectivo.

As informações foram divulgadas nesta terça-feira, 5, por meio da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

“A elevação por parte dos Estados Unidos das tarifas comerciais para o Brasil tem impactos setoriais relevantes e impactos agregados ainda incertos a depender de como se encaminharão os próximos passos da negociação e a percepção de risco inerente ao processo”, disse o BC.

Na semana passada, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, formalizou uma tarifa de 50% para a importação de produtos brasileiros.

Cenário

O BC reforçou na ata que os vetores inflacionários seguem adversos, como resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Entretanto, há “certa moderação no crescimento” e dinamismo no mercado de trabalho.

“O Comitê reforça que o arrefecimento da demanda agregada é um elemento essencial do processo de reequilíbrio entre oferta e demanda da economia e convergência da inflação à meta.”

Selic

Na semana passada, o BC interrompeu a alta de juros básicos ao manter a Selic em 15% ao ano, além disso reforçou que haverá a manutenção da taxa por um longo período.

“A política fiscal tem um impacto de curto prazo, majoritariamente por meio de estímulo à demanda agregada, e uma dimensão mais estrutural, que tem potencial de afetar a percepção sobre a sustentabilidade da dívida e impactar o prêmio a termo da curva de juros. Uma política fiscal que atue de forma contracíclica e contribua para a redução do prêmio de risco favorece a convergência da inflação à meta.” 

Fonte: IstoéDinheiro