Economia
Sábado, 14 de junho de 2025

Setor de serviços desacelera em abril, mas crava terceira alta seguida, aponta IBGE

O volume do setor de serviços do Brasil cresceu 0,2% em abril em relação a março, marcando a terceira alta mensal consecutiva, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 13. Frente a abril de 2024, a alta foi de 1,8%.

Apesar do resultado positivo, no acumulado em 12 meses o setor desacelerou o crescimento para 2,7%, ante 3,1% observado nos 12 meses até março.

“Com o resultado de abril, o setor de serviços se encontra 0,2% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em outubro de 2024. Quanto ao patamar pré-pandemia, o volume total de serviços está 17,3% acima de fevereiro de 2020”, destacou o IBGE.

Transportes puxam alta

A atividade de transportes (0,5%) foi a única a apresentar desempenho positivo em abril. Foi o terceiro resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 2,8%. As demais tiveram resultados negativos.

Outros serviços (-2,3%), que registrou a segunda queda consecutiva, teve perda acumulada de 2,6%. Os demais recuos vieram de profissionais, administrativos e complementares (-0,5%), informação e comunicação (-0,2%), e serviços prestados às famílias (-0,1%), com todos eliminando pequenas parcelas de ganhos acumulados em meses recentes: de 1,8%, no primeiro setor; de 3,9%, no segundo; e de 2,0%, no último.

A expectativa de analistas é de que a economia brasileira apresente acomodação no restante do ano, em um cenário de condições financeiras restritas, aperto monetário prolongado e inflação elevada, com destaque para a de alimentos.

Na véspera, o IBGE mostrou que as vendas do comércio caíram 0,4% em abril após 3 meses de crescimento.

O Banco Central volta a se reunir na próxima semana para decidir sobre a taxa básica de juros Selic, atualmente em 14,75% ao ano. Por outro lado, sustentam o consumo das famílias o mercado de trabalho resiliente e o aumento da massa salarial.

Fonte: IstoéDinheiro