No Mundo
Terça-feira, 23 de julho de 2024

Parlamentares russos querem punição para tropas que usam smartphones na guerra da Ucrânia

Projeto sugere que dispositivos pessoais que permitem filmagem, gravação de áudio e transmissão de geodados na zona de combate sejam classificados como infração disciplinar grave, informou a mídia estatal

A câmara baixa do parlamento russo, chamda de Duma, propôs detenção disciplinar de até 10 dias para tropas que usarem dispositivos com funções de câmera e geolocalização em zonas de combate como a Ucrânia, informou a agência de notícias estatal russa TASS.

Celulares foram usados ​​por ambos os lados para identificar alvos na guerra na Ucrânia, tanto rastreando a localização dos sinais quanto acessando as fotografias ou mensagens postadas pelos dispositivos, de acordo com autoridades russas e ocidentais.

De acordo com um projeto de lei apoiado pelo Comitê de Defesa da Duma Estatal, o uso de dispositivos eletrônicos destinados a “fins domésticos” e que permitem filmagem, gravação de áudio e transmissão de geodados enquanto estiver na zona de combate na Ucrânia será classificado como infração disciplinar grave, informou a TASS.

O projeto de lei permitiria que comandantes de unidades militares decidissem sobre a imposição de prisão disciplinar por um período de até 10 dias por uma infração disciplinar grave, informou a TASS.

Um relatório de 2024 da empresa de software de segurança cibernética Enea descobriu que telefones celulares podem ser facilmente rastreados no campo de batalha de várias maneiras pelos lados opostos no conflito Rússia-Ucrânia.

Um ataque com mísseis ucranianos em 2023 matou quase 100 soldados na região de Donetsk, na Ucrânia, controlada pela Rússia, que estavam alojados em uma escola profissionalizante depois que o uso não autorizado de celulares pelas tropas permitiu que as forças de Kiev os localizassem.

A TASS informou que o projeto de lei da Duma também prevê prisão disciplinar de até 10 dias para tropas que violarem a proibição existente de distribuição pública de informações que possam identificar militares russos ou sua localização.

Fonte: CNN