Conheça gigante holandesa que virou dona das marcas Café do Ponto, Pilão, L’OR e outras

Quem toma o seu café ou chá diariamente pode não saber, mas são grandes as chances dele ser da multinacional JDE Peet’s Brasil. A companhia holandesa nasceu em 1753 e chegou ao Brasil em 1998, interessada em aquisições no país. Passados 25 anos da primeira compra, a do Café do Ponto, a companhia é hoje a segunda maior do mercado brasileiro.

A última aquisição da empresa no país foi a da marca Maratá, em 2023.

A companhia também é dona das marcas: L’OR, Pilão, Café do Ponto, Damasco, Caboclo, Café Pelé, Moka, Bom Tai, Café Puro e Chá Castellari. Com uma participação de mercado de 27%, a JDE Peet’s está atrás apenas do grupo Três Corações no disputado setor de venda de cafés no Brasil.

O CEO da empresa no Brasil, André Maurino, explica que a estratégia da companhia é estar presente com marcas em todo o mercado de cafés no Brasil, desde o premium até o mais popular. 

“As aquisições sempre acontecem de maneira estratégica, pensando na ampliação do portfólio de marcas no mercado e no perfil geográfico. A gente entende o mercado com três perfis de consumidor: as marcas mais básicas, as de médio valor e as mais premiums”, explicou. 

Além de aumentar a presença na região Nordeste, a multinacional também entrou ampliou sua participação no ramo de chás no Brasil. A JDE conta atualmente com 2.500 funcionários em suas 5 fábricas no país.

Com um faturamento global de 8,2 bilhões de euros em 2023, a companhia é a maior do mercado de cafés e chás do mundo. 

Modelos de negócio 

Com uma postura agressiva de aquisição de marcas, Maurino explica que não há um padrão do que a JDE faz com as fábricas das marcas que compram. O executivo explica que no caso da Maratá, as fábricas em Vitória da Conquista (BA) e Itaporanga D’Ajuda (SE) foram adicionadas às unidades de produção. Em outros casos, porém, elas foram descontinuadas. 

“Depende de caso a caso. Quando a gente adquiriu o Café Pelé, eu já tinha uma capacidade ociosa na nossa fábrica em Jundiaí, então a questão era simplesmente transferir equipamentos e o pessoal para a nossa fábrica. No caso da Maratá, como não tinha ociosidade na fábrica que já tínhamos em Salvador e ela está em uma região estratégica, aproveitamos para fazer com que ela suporte o nosso crescimento na região e aumentar a produção”, apontou. 

Outra característica da empresa é o longo período entre a compra e a completa integração do negócio. Maurino aponta que, no caso da Maratá, a compra foi concluída no começo de janeiro e a empresa só vai tomar conta de 100% da operação a partir de junho.  

Fonte: IstoéDinheiro