Economia
Sábado, 12 de julho de 2025

Entidades defendem medida que reduz taxa do BNDES para projetos de inovação

Entidades da indústria saíram em defesa de mudança feita pela Câmara dos Deputados que reduz a taxa de juros de financiamento para inovação e digitalização do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A medida entrou como “jabuti” numa medida provisória e segue para o Senado. Uma ala do setor financeiro é crítica à medida, por entender que redução dos juros usando recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) é uma forma indireta de subsídio.
Se a redução for aprovada, tais projetos serão remunerados pela Taxa Referencial (TR) em vez da Taxa de Longo Prazo (TLP). As entidades dizem que a medida viabilizaria financiamento de R$ 5 bilhões por ano.
Mas Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração) divulgaram notas na quinta e sexta-feira (28) defendendo a medida e pedindo aprovação no Senado.
“Essa importante mudança adiciona recursos ao sistema nacional de inovação, alinhado às melhores práticas internacionais, reforçando recursos já ofertados pela Finep [Financiadora de Estudos e Projetos] nessa modalidade para fomentar uma indústria cada vez mais moderna e competitiva”, diz nota da Fiesp.
Já a Abimaq disse que a medida melhora a oferta de recursos com custos “compatíveis”, “tornando o processo mais acessível às necessidades específicas das empresas no que diz respeito à digitalização e inovação”.
O Ibram, por sua vez, disse que o processo de desindustrialização do Brasil, assim como a necessidade de aumentar a densidade da pauta exportadora, “não são missões superáveis sem um considerável aumento dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação”.
Tal medida merece apoio de toda a sociedade brasileira porque soma aos esforços de desenvolvimento com competitividade, capaz de gerar emprego e renda.

Fonte: FolhaPress