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Quinta-feira, 25 de julho de 2024

Ex-PlayKids recupera os carrinhos abandonados no e-commerce

WeClever já ajudou a efetivar R$ 150 milhões em vendas que estavam prestes a não acontecer

Uma startup brasileira acredita ter encontrado a solução para os milhares de carrinhos de compras abandonados no ecommerce antes da conclusão de pagamento. Criada pelo ex-PlayKids Rodolfo Reis, a plataforma conversacional da WeClever já atende empresas como Wine, Grupo Soma, Banco BV, Neon e Kroton, ajudando a converter as vendas de clientes que pararam em algum ponto da jornada de compra. Desde a fundação, a startup calcula ter recuperado R$ 150 milhões em vendas de carinhos abandonados.

A tecnologia combina um chatbot com a participação de atendimento humano no processo. O algoritmo da WeClever identifica, dentre os clientes que largaram o carrinho cheio, aquele que tem mais chances de finalizar a compra. É aí que a startup aciona um time de 500 pessoas — que trabalham como freelancer, no modelo de gig economy — e contata o consumidor pelo WhastApp, dando um empurrãozinho na venda.

A ideia da WeClever surgiu quando Reis trabalhava com retenção de clientes na Playkids, dona do aplicativo de vídeo on demand para crianças de 2 a 6 anos, e do clube de assinaturas de livros infantis Leiturinha. Quando a Movile — dona do iFood — comprou a Playkids, o executivo se tornou sócio (recentemente, a plataforma infantil foi vendida à britânica Sandbox.

“Na Leiturinha, era uma coisa que fazíamos muito bem: identificar o potencial cliente que abandonou o processo de aquisição no momento certo. Quando sai da operação da Playkids, o lado empreendedor falou mais alto e decidi criar a WeClever”, contou Reis, que também é o CEO da companhia.

Aos poucos, a WeClever vem ganhando escala. A startup vai fechar o ano com um faturamento de R$ 15 milhões. A previsão é dobrar de tamanho no ano que vem, fazendo R$ 30 milhões. “No varejo, a conversão do carinho aumenta em 50%”, afirmou o fundador. Ele montou a empresa ao lado dos sócios Ana Carla Abreu, que chefia a área operacional, e Daniel Merli chefe da área de tecnologia.

A startup também conseguiu uma façanha desafiadora para as novatas. “A gente cresce dois dígitos por mês e gerando caixa. Não é um modelo de cash burn”, afirmou o fundador, destacando que isso reduz a necessidade de captações privadas para rodar o negócio.

Fonte: Valor Pipeline