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As vendas antecipadas da soja do Brasil alcançaram 23,6% da produção esperada para 2022/23, avanço de 3 pontos percentuais na comparação com o número de novembro, com produtores esperando por preços melhores, informou nesta quinta-feira a consultoria Safras & Mercado.
O percentual indica atraso importante na comparação com a média histórica de 37,6% para o período.
Na mesma época do ano passado, a comercialização antecipada registrava 32,5% do total projetado.
“O produtor segue com aquela ideia de esperar por preços melhores e provavelmente eles não vão vir agora no final do ano. Algumas indústrias estão parando e a demanda deve dar uma recuada”, disse o analista da Safras Luiz Fernando Roque.
Ele afirmou que, com exceção dos agricultores do Paraná e Rio Grande do Sul que tiveram perdas na última temporada, a maior parte dos produtores de soja está bem capitalizada e conta com pouca necessidade de venda.
Há também a expectativa de que possa vir um problema climático por seca relacionada ao La Niña na América do Sul, espercialmente na Argentina e sul do Brasil, capaz de impulsionar as cotações da oleaginosa.
“E a gente ainda não tem esse problema. O mês de dezembro deve ser com chuvas abaixo da média, isso preocupa um pouco, mas janeiro pode ser um mês com chuvas acima da média, o que pode salvar a safra gaúcha, cenário parecido com o que vimos na safra 2020/21”, disse ele.
Já a comercialização da safra velha (2021/22) atingiu 92,6% da produção, ante 93,6% no mesmo período do ano passado e uma média histórica de 96%.
Fonte: Reuters