O governo da Venezuela e a oposição querem realizar uma nova rodada de conversas neste fim de semana no México, após um ano do congelamento das negociações em busca de uma saída para a crise política, disseram cinco fontes familiarizadas com o assunto.
Os Estados Unidos também preparam uma licença estendida para as operações da produtora de petróleo Chevron na Venezuela caso ocorra o encontro entre o governo venezuelano e a oposição, segundo três das fontes.
Em publicação no seu perfil do Twitter, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, disse nesta quarta-feira que nos dias 25 e 26 de novembro serão retomados os diálogos entre os delegados do presidente Nicolás Maduro e a oposição venezuelana.
No início do mês, Petro participou junto com o seu equivalente argentino, Alberto Fernández, de um encontro entre os delegados do governo venezuelano e da oposição no âmbito do Fórum Paris pela Paz, promovido pelo presidente francês, Emmanuel Macron.
Facilitadas pela Noruega, as negociações no México abordarão as eleições presidenciais, a situação de centenas de presos políticos, as sanções dos Estados Unidos e um “acordo social” para fornecer ajuda humanitária que buscaria aplicar 3 bilhões de dólares por meio de um fundo administrado pelas Nações Unidas.
A retomada do diálogo tem sido repetidamente adiada por divergências sobre os termos, especialmente os relativos às eleições, bem como a origem dos fundos para o plano social, segundo duas das fontes.
O Ministério da Informação da Venezuela e o Ministério das Relações Exteriores do México não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
A Chevron disse em um e-mail à Reuters que continua operando na Venezuela sob as regras de uma licença geral. Essa licença é a que seria estendida, disse uma pessoa familiarizada com o assunto em Washington.
Espera-se que a Chevron, a maior companhia petrolífera dos Estados Unidos, obtenha a aprovação de Washington para expandir suas operações já no sábado. A aprovação permitiria produzir e exportar petróleo bruto, acrescentou a fonte.
A nova autorização teria como objetivo impedir que a petrolífera estatal do país, Petróleos de Venezuela (PDVSA), se beneficie das vendas, disseram as pessoas em Washington.
Fonte: Reuters