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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Hamilton fala sobre tatuagens e explica favorita

As tatuagens entraram na vida de Lewis Hamilton quase na mesma época que as corridas de kart, então não é de se estranhar que o piloto tenha um dos braços, as costas e parte do peito, pescoço e tórax cobertos de desenhos que foi adicionando ao longo de seus 37 anos. As preferências foram mudando ao longo dos anos, mas é curioso ouvir do heptacampeão da Fórmula 1 qual é a tatuagem que mais o inspira atualmente: uma pequena nave espacial que ele tem no dedo indicador da mão direita.
“Adoro minhas mãos. Eu tenho uma pequena nave espacial com um ser humano sendo teletransportado. É onde eu adoraria estar. Eu seria mais feliz se os aliens chegassem e me teletransportassem para outro planeta”, riu. “São coisas divertidas”.
A história de Hamilton com as tatuagens remete a sua infância. Entre uma competição e outra de kart, de que ele começou a participar na mesma época, Lewis frequentava a casa do então noivo de uma de suas irmãs.
“Minha irmã é casada com um tatuador, então eu ia na casa dela desde quando eu tinha 7 ou 8 anos, e ficava sentado na sala em que ele tatuava as pessoas. Eu achava muito legal e ficava olhando os desenhos e ideias que ele tinha na parede. Eu ficava pensando que queria uma tatuagem, mas não sabia o que eu queria. Depois que eu fiquei mais velho, eu não gostava da minha pele sem nada (e isso tinha a ver parcialmente com a maneira como me sentia em alguns ambientes nos quais estava) e lembro de fazer minha primeira tatuagem e de me sentir ótimo.”
A primeira tattoo foi a enorme cruz que ele tem nas costas, inspirada inicialmente no rapper Tupac Shakur, e que depois foi ganhando outros elementos, incluindo a frase que Hamilton também carrega em seu capacete e que virou uma espécie de lema para ele “Still I Rise” (ainda assim eu me levanto, em inglês), título de um poema de Maya Angelou, ativista negra dos direitos civis.
O poema que fala sobre a confiança de autoafirmação ainda tem uma grande importância para Hamilton, mas ele admite que não tem o mesmo carinho por todas as suas tatuagens e que já pensou em apagar algumas, mas hoje aceita que tudo foi importante para ele chegar onde está hoje.
“Há coisas que eu penso que talvez deveria me livrar delas porque não representam o que eu sou hoje, mas foram coisas que fizeram parte da minha jornada. Tem muita coisa que é religiosa e agora eu sou mais espiritual.”
Nas férias da Fórmula 1, que volta no último final de semana de agosto com o GP da Bélgica, Hamilton está fazendo uma viagem de volta às origens. Pela primeira vez, o primeiro piloto negro a disputar um GP na categoria está passando um longo período na África, tendo visitado Namíbia, Uganda e Quênia até aqui.

Fonte: FolhaPress