Economia
Quinta-feira, 7 de novembro de 2024

BC eleva projeção para a alta do PIB de 2022, de 1,0% para 1,7%

Diretor do BC adiantou algumas informações que serão divulgadas no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), adiado para o dia 30

O Banco Central elevou sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, de 1,0% para 1,7%. A nova estimativa consta de apresentação realizada pelo diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, nesta quinta-feira, 23. Guillen adiantou algumas informações que serão divulgadas no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que por conta da greve dos servidores, só será publicado na próxima quinta-feira, 30.

Pelo lado da oferta, o BC alterou a estimativa para a expansão da agropecuária de avanço de 2,0% para 2,2%, enquanto a revisão para a indústria foi de recuo de 0,3% para avanço de 1,2%. No caso dos serviços, o BC mudou a previsão de alta de 1,4% para 2,1%.

Em relação aos componentes da demanda, o RTI informou alteração de 1,1% para 1,7% na expectativa de crescimento do consumo das famílias e de 2,3% para 1,8% previsão de alta do consumo do governo.

O documento desta quinta-feira indica ainda que a projeção para 2022 da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia – passou de queda de 1,5% para recuo de 2,7%. Todas as estimativas anteriores constavam do RTI divulgado em março.

Na atualização parcial do Boletim Focus, divulgada pelo BC no dia 6 de junho, a projeção de PIB dos economistas consultados semanalmente pela autarquia estava em alta de 1,20%, enquanto a mediana para 2023 era de 0,76%.

O Banco Central estimou o hiato do produto do segundo trimestre de 2022 em -1,3%. Já o hiato no 4º trimestre de 2023 foi projetado em -1,7%.

Crédito

O Banco Central promoveu ainda ajustes em suas projeções para o mercado de crédito em 2022. A instituição alterou sua projeção para o saldo total de crédito este ano de alta de 8,9% para elevação de 11,9%.

Dentro do crédito total, a projeção do saldo de operações com pessoas físicas passou de alta de 11,2% para elevação de 14,4%. No caso das empresas, a expectativa foi de alta de 5,7% para 8,5%.

Já a projeção para o saldo de crédito livre – aquele que não utiliza recursos da poupança ou do BNDES – passou de alta de 13,0% para elevação de 15,2%. Dentro do crédito livre, a projeção para o crédito às pessoas físicas foi de alta de 13,0% para alta de 17%. No caso das pessoas jurídicas, foi mantida em elevação de 13,0%.

A projeção do BC para o saldo de crédito direcionado, que utiliza recursos da poupança e do BNDES, passou de alta de 2,8% para de 7,0%. Dentro do crédito direcionado, a projeção do saldo para as pessoas físicas foi de alta de 9,0% para avanço de 11,0%. No caso das pessoas jurídicas, a projeção passou de queda de 8,0% para estabilidade (0,0%).

Transações correntes

O Banco Central atualizou também nesta quinta suas projeções para o balanço de pagamentos em 2022. A projeção para o resultado das transações correntes do País passou de superávit de US$ 5 bilhões para resultado positivo de US$ 4 bilhões. Já a projeção para o Investimento Direto no País (IDP) neste ano foi mantida em US$ 55 bilhões.

Em relação ao saldo líquido de investimento de estrangeiros em carteira – incluindo ações e títulos de renda fixa -, a projeção passou de superávit de US$ 11 bilhões para US$ 7 bilhões.

Fonte: InfoMoney