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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

IBGE amplia projeção de safra agrícola recorde para 2022

Instituto prevê produção de 261,5 milhões de toneladas de cereais, legumes e oleaginosas no ano

O Brasil terá safra recorde de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2022: serão 261,5 milhões de toneladas, segundo projeção do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgada nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O volume é 2,2% superior ao alcançado no ano passado.

O novo patamar esperado representa alta de 1% em relação ao projetado em março deste ano.

Embora os números sejam positivos, pesquisadores destacam que os produtos sofreram com efeitos climáticos adversos que reduziram o potencial de produção. Entre eles, uma estiagem no Centro-Sul do país, amenizada em algumas lavouras pelo retorno das chuvas em janeiro.

O fenômeno terá impacto na soja. O IBGE projeta que a principal commodity do país terá uma colheita de 118,5 milhões de toneladas, um volume 12,2% menor que o alcançado em 2021.

No Sul, área mais afetada pelos fatores climáticos, a redução do rendimento médio da soja é de 46,2% em relação ao ano passado.

Os três principais produtos, arrozmilho e soja, somam 92,2% da estimativa de produção e correspondem a 87,8% da área que deve ser colhida.

Os destaques são os aumentos de 8,1% na área do milho e 10,4% na do algodão herbáceo, além de 4,2% no da soja. No entanto, o arroz perderá 2% das terras cultivadas, e de 2,9% na do trigo.

Assim, são esperados aumentos de produção de 27,5% para o milho, de 11,6% no algodão herbáceo em caroço e de 1,4% para o trigo, além de queda de 8,5% no arroz em casca.

A estimativa de alta na produção nacional ocorre depois de a projeção subir em quatro regiões, em relação a 2021: Centro-Oeste (11,7%(, Sudeste (11,4%), Nordeste (9,9%) e Norte (5,2%).

Houve queda apenas no Sul: 14,5%. Quando as projeções de abril são comparadas às de março, há alta em rodas as cinco regiões: Sudeste (1,7%), Norte (1,5%), Sul (1%) e Centro-Oeste e Nordeste (0,8%).

Fonte: CNN