Política
Terça-feira, 14 de maio de 2024

Lula quer eliminar direitos dos trabalhadores, diz Temer

Ex-presidente participou nesta sexta-feira (3) de uma conferência ao lado do ex-presidente argentino Mauricio Macri

O ex-presidente Michel Temer (MDB) participou, nesta sexta-feira (3), da I Conferência Internacional da Liberdade, em São Paulo, que reúne lideranças e discute ideias liberais. O painel contou também com o ex-presidente argentino Mauricio Macri.

Ao comentar o cenário da política brasileira, em uma conversa com jornalistas após o evento, Temer criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato ao Planalto e crítico das reformas aprovadas durante a gestão Temer (2016-2018). “Eu acho que ele [Lula] quer é eliminar os direitos dos trabalhadores. O direito do trabalhador está no artigo 7 da Constituição”, disse.

“Nós demos direitos, não tiramos nenhum. Demos proteção trabalhista, por exemplo, o teletrabalho – e nem prevíamos pandemia – acho que o atual candidato quer é eliminar o direito. Ele deveria dizer que foi restabelecido imposto sindical”, afirmou.

Temer também aproveitou o tema para repreender visão polarizada entre direita e esquerda no país. “Aqui no Brasil é muito comum seguirmos na tese eleitoreira da direita, esquerda. Inclusive a imprensa insiste nessa tese dizendo “fulano é de direita”, ou “fulano é de esquerda”, é tudo equivocado! O que importa é o resultado, e as reformas trabalhista e da previdência deram resultado”, disse.

Em vigor desde 2017, a reforma trabalhista (Lei 13.467, de 2017) mudou regras a respeito da remuneração, plano de carreira e jornada de trabalho, entre outras. Passaram a valer, entre outras alterações criticadas pelo ex-presidente Lula, os acordos coletivos que prevalecem sobre a legislação.

Questionados pela CNN, o Partido dos Trabalhadores (PT) e a assessoria de comunicação de Lula ainda não se posicionaram sobre a fala de Michel Temer.

O ex-presidente argentino Mauricio Macri, que também participou da abertura do evento, criticou o ascensão das lideranças de esquerda no continente e afirmou que a “ameaça do populismo precisa de uma resposta global”.

Fonte: CNN