Internacional
Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Alemanha diz que fará ‘o possível’ para garantir segurança da Ucrânia

A ministra alemã das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, afirmou nesta segunda-feira (17), em Kiev, que a Alemanha fará tudo o possível para garantir a segurança da Ucrânia, ao mesmo tempo em que reiterou seu desejo de manter um “diálogo sério” com a Rússia.

“Faremos tudo o possível para garantir a segurança da Ucrânia e da Europa”, disse a chefe da diplomacia alemã em coletiva de imprensa conjunta com seu colega ucraniano, Dmitro Kuleba.

“Estamos dispostos a iniciar um diálogo sério com a Rússia”, acrescentou, destacando o objetivo de apaziguar a situação atual, que qualificou de “extremamente perigosa”.

Em visita a Madri, o chanceler alemão, Olaf Scholz, reiterou que é “importante” esperar “passos claros da Rússia para desescalar a situação”.

“Uma agressão militar contra a Ucrânia teria consequências muito graves tanto políticas quanto econômicas” para a Rússia, acrescentou Scholz durante coletiva de imprensa com o chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, na qual pediu que se faça tudo o possível para “evitar” que isto ocorra.

Kuleba informou, por sua vez, ter abordado o tema espinhoso da entrega de armas para a Ucrânia, depois de Kiev ter acusado Berlim, em dezembro, de impedir a chegada de material defensivo no âmbito da cooperação com a Otan.

“Nossos diálogos sobre este tema com a Alemanha vão continuar”, disse o ministro.

A Rússia é acusada de ter mobilizado cerca de 100 mil soldados perto da fronteira com a Ucrânia, em um momento que Moscou busca que os países ocidentais se comprometam a que Kiev nunca vá integrar a Otan.

A Ucrânia vive desde 2014 um conflito com os separatistas pró-russos, que deixou mais de 13.000 mortos e começou depois que Moscou anexou a península da Crimeia.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, terá na terça-feira o primeiro encontro com a colega alemã.

“Vai haver uma troca profunda sobre os problemas internacionais da atualidade, especialmente as propostas russas sobre as garantias de segurança”, informou a diplomacia russa em um comunicado.

Fonte: AFP