Economia
Quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Mercado de imigração e intercâmbio registram aceleração

Apesar das barreiras provocadas pelo coronavírus para a mobilidade de profissionais entre os países, empresas especializadas em imigração afirmam que o saldo após quase dois anos de pandemia é de aceleração no movimento.
A assessoria para vistos americanos D4U USA Group registrou alta de 152% nos pleitos por vistos para entrar no país. De acordo com o grupo, o Brasil já é o quarto país que mais imigra para os EUA com o visto EB2, concedido para profissionais muito qualificados ou que tenham uma habilidade interessante à nação.
O atendimento para novos vistos americanos e as entrevistas para Green Card, realizadas no consulado americano, foram afetados na pandemia, com atraso e paralisação de algumas modalidades.
O relatório global de tendências migratórias da Fragomen, outra empresa especializada em imigração, aponta que a pandemia até facilitou alguns processos, que ganharam mais tecnologia. Muitos países reduziram as etapas presenciais para concessão de vistos, em consulados e embaixadas.
Segundo a empresa, as vagas para trabalho remoto ainda são um vetor importante, e países com grande atividade turística estão criando formas de chamar quem pode trabalhar de qualquer local, para que se tornem moradores.
A Fragomen também aponta que está caindo o número de vistos que exigem empresa patrocinadora, o que beneficia profissionais autônomos ou que não tenham sido convidados por uma companhia estrangeira. Belarus, Finlândia e Luxemburgo são algumas das nações que permitem esse tipo de imigração.
O mercado de intercâmbio e educação internacional também voltou a se aquecer, de acordo com a STB (Student Travel Bureau). O segmento, que foi fortemente impactado pela suspensão das viagens e das aulas presenciais, hoje tem praticado preços mais baratos que ajudaram a atrair a demanda, apesar da alta do dólar, segundo a empresa.
Para 2022, a expectativa da STB é de um crescimento em torno de 30% nas vendas, segundo José Carlos Hauer, presidente da empresa. ​

Fonte: FolhaPress/Joana Cunha