Política
Quinta-feira, 28 de março de 2024

CNBB pede punição contra deputado que xingou papa de ‘vagabundo’

Após polêmica envolvendo o deputado Frederico D’Avila (PSL) da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que xingou e ofendeu lideranças da Igreja Católica, incluindo o Papa Francisco, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou carta ao presidente da Casa pedindo punição ao parlamentar.

Durante sessão na última quinta-feira (14), D’Avila chamou o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, e a CNBB de “safados”, “vagabundos” e “pedófilos”. As ofensas não pouparam o Papa Francisco, aquel chamou de “papa vagabundo”. A ofensiva do deputado, que é aliado do presidente Jair Bolsonaro, aconteceu após missa do feriado de 12 de outubro, quando Brandes criticou a política armamentista de Bolsonaro e disse que a “pátria amada não pode ser pátria armada”.

“Seu safado da CNBB dando recadinho para o presidente [Bolsonaro], para a população brasileira, que pátria amada não é pátria armada. Pátria amada é a pátria que não se submete a essa gentalha. (…) Seu vagabundo, safado, que se submete a esse papa vagabundo também. A última coisa que vocês tomam conta é do espírito, do bem-estar e do conforto da alma das pessoas. Você acha que é quem para ficar usando a batina e o altar para ficar fazendo proselitismo político? Seus pedófilos safados, a CNBB é um câncer que precisa ser extirpado do Brasil”, disse o deputado bolsonarista.

Neste domingo (17), a CNBB pediu ao presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB), que a Casa adote medidas contra o deputado do PSL. Além disso, a entidade religiosa disse que vai acionar a Justiça para que o D’Avila esclareça as acusações cheias de “ódio descontrolado”.

“A CNBB tratará esse assunto grave nos parâmetros judiciais cabíveis. As ofensas e acusações, proferidas pelo parlamentar, protagonista desse lastimável espetáculo, serão objeto de sua interpelação para que sejam esclarecidas e provadas nas instâncias que salvaguardam a verdade e o bem, de modo exigente nos termos da lei”, escreveu a CNBB na carta que pode ser lida na íntegra clicando aqui.

Fonte: IstoéDinheiro