O Azerbaijão pediu nesta segunda-feira ao Tribunal Penal Internacional que ordene que a vizinha Armênia entregue mapas que diz apontarem a localização de minas terrestres em seu território, enquanto os juízes analisam alegações mútuas de que o outro lado violou um tratado contra discriminação.
Nesta altura do ano passado, tropas azeris expulsaram forças étnicas armênias de parcelas de um território que controlaram a partir dos anos 1990 dentro e no entorno da região de Nagorno-Karabakh até a Rússia mediar um cessar-fogo.
O vice-ministro das Relações Exteriores azeri, Elnur Mammadov, disse aos juízes que as medidas de emergência solicitadas são necessárias com urgência para proteger o país da “ameaça extrema” representada pelo que diz ser a recusa da Armênia de entregar os mapas.
A suposta campanha de instalação de minas terrestres “é, muito simplesmente, uma continuação da operação de limpeza étnica de décadas da Armênia e uma tentativa de manter estes territórios livres de azerbaijaneses”, disse Mammadov.
A Armênia reagirá à alegação do Azerbaijão a respeito das minas terrestres em uma audiência ainda nesta segunda-feira.
Na semana passada, a Armênia também pediu medidas de emergência ao Tribunal Penal Internacional. Advogados da Armênia disseram aos juízes que o Azerbaijão insufla o ódio étnico contra os armênios.
Já o Azerbaijão rejeitou a acusação da Armênia e disse que é o contrário e que é a Armênia quem realiza uma limpeza étnica.
Fonte: Reuters