Seis prisioneiros palestinos, entre os quais o ex-líder de um grupo armado, fugiram de uma prisão de segurança máxima em Israel nesta segunda-feira (6) por meio de um túnel cavado em sua cela.
Policiais e soldados israelenses iniciaram uma caçada na região da penitenciária de Gilboa, no norte do país, após um alerta emitido às 3h locais (21h de domingo em Brasília). Foram mobilizados postos de controle, cães farejadores e meios de observação aérea.
A prisão fica localizada a apenas 4 km da Cisjordânia, e a 14 km da fronteira com a Jordânia, possíveis destinos dos fugitivos, de acordo com um porta-voz da polícia.
O serviço penitenciário disse que os fugitivos cavaram um túnel a partir do chão do banheiro da cela. Os 400 detentos de Gilboa foram realocados ante a possibilidade de que outros túneis tenham sido cavados.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, disse se tratar de um “incidente grave que requer um esforço coletivo das forças de segurança” para encontrar os fugitivos.
Cinco dos fugitivos são militantes da facção Jihad Islâmica. O outro foi identificado como Zakaria Zubeidi, um ex-comandante das Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, braço armado do Fatah, partido político de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina.
Facções palestinas celebraram a fuga. O Hamas, grupo islâmico que governa a Faixa de Gaza, classificou a fuga como um “ato corajoso e heroico”.
Quatro dos fugitivos cumpriam pena de prisão perpétua após serem condenados por planejar ou realizar atentados. Outro estava preso sob uma ordem especial de detenção, e o sexto fugitivo ainda não havia sido condenado.
A fuga aconteceu poucas horas antes do início em Israel, na segunda-feira à noite, das festas do Ano Novo judaico.
Fonte: FolhaPress