Política
Quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Governo de cariocas veta empresas no Rio, critica Paes

Os vetos de Jair Bolsonaro ao projeto de lei de privatização da Eletrobras provocaram reações negativas entre trabalhadores da companhia e autoridades do Rio, por abrirem a possibilidade de fechamento ou transferência de subsidiárias da estatal.
Segundo os sindicatos, a Eletrobras tem 5.000 empregados diretos no Rio, que sedia a holding e outras três subsidiárias: Furnas, Eletronuclear e Cepel, o centro de pesquisas em eficiência energética.
Um dos artigos vetados por Bolsonaro proibia a extinção, a fusão e a mudança de domicílio estadual, por dez anos, de subsidiárias da Eletrobras. O governo alega que a proibição restringiria a gestão da empresa após a perda do controle estatal.
“Vamos tentar reverter”, disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). “Veja você: todos os deputados do Brasil inteiro exigem que [as empresas] fiquem no Rio, e o governo de cariocas veta. É inacreditável”, completou Paes, referindo-se ao fato de o domicílio eleitoral de Bolsonaro estar no Rio.
Presidente da Assembleia do Rio, o deputado estadual André Ceciliano (PT) recomendou, em tom de cobrança, que a pergunta fosse encaminhada ao governador Cláudio Castro (PL), afilhado político de Bolsonaro. Procurado, o governo do Rio não havia se manifestado até a noite desta terça-feira (13).
“Com a palavra, o excelentísismo governador Cláudio Castro, aliado de Bolsonaro”, ironizou Ceciliano.

Fonte: FolhaPress/ Nicola Pamplona