Os vetos de Jair Bolsonaro ao projeto de lei de privatização da Eletrobras provocaram reações negativas entre trabalhadores da companhia e autoridades do Rio, por abrirem a possibilidade de fechamento ou transferência de subsidiárias da estatal.
Segundo os sindicatos, a Eletrobras tem 5.000 empregados diretos no Rio, que sedia a holding e outras três subsidiárias: Furnas, Eletronuclear e Cepel, o centro de pesquisas em eficiência energética.
Um dos artigos vetados por Bolsonaro proibia a extinção, a fusão e a mudança de domicílio estadual, por dez anos, de subsidiárias da Eletrobras. O governo alega que a proibição restringiria a gestão da empresa após a perda do controle estatal.
“Vamos tentar reverter”, disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). “Veja você: todos os deputados do Brasil inteiro exigem que [as empresas] fiquem no Rio, e o governo de cariocas veta. É inacreditável”, completou Paes, referindo-se ao fato de o domicílio eleitoral de Bolsonaro estar no Rio.
Presidente da Assembleia do Rio, o deputado estadual André Ceciliano (PT) recomendou, em tom de cobrança, que a pergunta fosse encaminhada ao governador Cláudio Castro (PL), afilhado político de Bolsonaro. Procurado, o governo do Rio não havia se manifestado até a noite desta terça-feira (13).
“Com a palavra, o excelentísismo governador Cláudio Castro, aliado de Bolsonaro”, ironizou Ceciliano.
Fonte: FolhaPress/ Nicola Pamplona