Internacional
Quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Cinco milhões de europeus obtiveram a residência pós-Brexit no Reino Unido


Mais de seis milhões de pedidos de residência pós-Brexit foram apresentados por cidadãos da União Europeia (UE) que residiam no Reino Unido no final de 2020, dos quais 5,1 milhões foram aprovados, informou o governo britânico nesta sexta-feira (2).

O Executivo britânico havia prometido aos cidadãos dos países da UE que eles teriam conservados seus plenos direitos de viver, trabalhar e receber benefícios sociais no Reino Unido após o Brexit, se residissem no país antes de 31 de dezembro de 2020 e fizessem o pedido antes de 30 de junho de 2021.

No total, foram apresentadas 6,02 milhões de solicitações – a imensa maioria na Inglaterra -, incluindo mais de 400.000 só em junho, informou o Ministério do Interior em um comunicado, considerando o sistema como todo um “sucesso”.

Cerca de 5,1 milhões de solicitações foram aprovadas, segundo a mesma fonte.

Os europeus que tinham menos de cinco anos vivendo no Reino Unido receberam uma residência temporária, que os permitirá solicitar a permanente assim que esse período for cumprido.

“Contar com mais de 6 milhões de pedidos neste programa representa um sucesso sem precedentes, e estou feliz por termos garantido os direitos de tantos cidadãos europeus, nossos amigos, vizinhos e familiares”, afirmou a ministra do Interior, Priti Patel.

O ministério afirmou que vai proteger os direitos das aproximadamente 570.000 pessoas que ainda aguardam uma decisão, e que a análise dos casos menos complexos será concluída nos próximos dias.

Em resposta às associações preocupadas com o destino dos europeus mais vulneráveis, como as crianças adotivas ou pessoas sem casa, o governo informou que aceitará solicitações tardias se houver “motivos razoáveis”, prometendo “uma abordagem flexível e pragmática”.

O Reino Unido abandonou oficialmente a União Europeia no início de 2020 e depois, após um período de transição de um ano, deixou o mercado único europeu e a união aduaneira em 1º de janeiro, colocando um fim, entre outras coisas, à livre circulação de trabalhadores da UE.

Fonte: IstoéDinheiro