LARISSA GARCIA
Depois de registrar queda em março, a economia voltou a crescer em abril. De acordo com o indicador IBC-Br do BC (Banco Central), que mede o desempenho da atividade econômica, houve alta de 0,44% no mês. Os dados divulgados nesta segunda-feira (14).
O resultado, entretanto, ficou abaixo das expectativas de economistas consultados pela Reuters, que previam alta de 0,55%.
Em março deste ano, mês marcado por novas rodadas de lockdowns em razão do agravamento da pandemia de Covid-19, a economia encolheu 1,6%, segundo o indicador.
Em relação a abril do ano passado, pior mês da série histórica, a atividade cresceu 15,92%. No acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, a atividade caiu 1,20%.
Nos quatro primeiros meses deste ano, o setor produtivo acumulou crescimento de 4,77%.
O número é calculado com ajuste sazonal, que remove especificidades de um mês, como número de dias úteis, para facilitar a comparação com outros períodos. Os dados podem ser diferentes dos informados anteriormente porque a série passa por revisões frequentes.
Após o início da pandemia, o fechamento dos comércios e o distanciamento social afetaram a economia. Com a reabertura e flexibilização das medidas restritivas, a atividade entrou em ritmo de recuperação, que foi novamente impactado com os novos lockdowns.
Em março do ano passado, quando o vírus chegou ao país, houve redução de 5,90% no setor produtivo, segundo informado na época, já sob efeito do distanciamento social. Após a última revisão, a variação foi para queda de 4,50%.
O pior resultado foi registrado em abril de 2020, quando a economia caiu 9,73% (9,49% com revisão), nível mais baixo desde outubro de 2006 e maior queda entre um mês e outro em toda a série histórica, iniciada em 2003.
O IBC-Br mede a atividade econômica do país e é divulgado desde março de 2010. Ele foi criado para auxiliar em decisões de política monetária, já que não existe outro dado mensal de desempenho do setor produtivo.
O indicador do BC leva em conta o desempenho dos principais setores da economia: indústria, agropecuária e serviços.
Fonte: FolhaPress