LUCAS BRÊDA –
No último mês, no show que fez no Big Brother Brasil, Pabllo Vittar disse que ia se casar. “Estou amiga, estou noiva”, ela respondeu a Preta Gil, que se apresentou com ela na ocasião, e retrucou: “É segredo?”. “Agora não é mais. Estou noiva”, disse Vittar.
Apesar de ser notícia nos portais e de ter levado à loucura os fãs nas redes sociais, a declaração não era verdadeira. Pabllo Vittar não estava com o casamento marcado, mas sim divulgando seu novo clipe e single, “Ama, Sofre e Chora”.
“A estratégia girou toda em torno da noiva, da imagem do vestido branco, da garota intocada, virgem pela primeira vez. Recebi muitas mensagens de fãs felizes, desejando coisas boas porque eu iria casar”, riu a cantora em entrevista coletiva, feita de maneira virtual.
“Muitos fãs também disseram que estavam com ciúmes e tristes porque teriam que me dividir com outra pessoa. Mas quem me conhece mesmo sabe que eu sou piranha, vou casar é nada.”
No vídeo, em vez das costumeiras coreografias, Vittar –que assina como codiretora o clipe– conta uma história. Ela aparece com lágrimas escorrendo pelo rosto, sendo abandonada no altar pelo noivo.
“Nesse clipe, quis me entregar na atuação. As inspirações vieram da nossa cabeça e das novelas. Focamos mais nas novelas mexicanas. Como estou assistindo a ‘Rubi’, acho que eu encarnei um pouco isso.”
“Ama, Sofre e Chora” é um forró romântico, com elementos de bachata, bem no estilo na cantora, que insere organicamente ritmos brasileiros em seu vasto universo pop. A faixa tem produção do Brabo Music Team, que está com Vittar desde o começo da carreira, e foi composta antes da pandemia.
“Tudo que mais amei do ano passado pra cá foi essa exatalação do forró, dos ritmos do Norte e do Nordeste, que foi onde nasci e me criei. Fico muito feliz de ver outros artistas olhando pra isso com carinho, chegando nas paradas.”
Na letra, a drag mais popular da música mundial lamenta ser vista como uma pessoa cujo amor “não é pra casar”. Esnobada, ela diz no refrão que “piranha também ama”, chora e sofre.
“Na minha cabeça, ‘piranha’ nunca foi algo de pejorativo. Minha mãe sempre me chamou assim, sempre chamei minhas amigas assim. E nas minhas músicas eu sempre tentei fazer isso, tirar o estigma da palavra.”
“Ama, Sofre e Chora” inaugura uma nova era na carreira da cantora maranhense. A música abre os caminhos para seu novo disco, o quarto de sua discografia, sucessor de “111”, que saiu em duas partes, entre 2019 e 2020. Ainda sem título revelado, o disco tem previsão de lançamento para este semestre.
Segundo ela, o disco novo vem cheio de brasilidade. “Sempre digo que, pra uma música ser internacional, ela não precisa ser cantada em inglês ou espanhol. Quando estou no palco em outros país, cantando em português e vendo as pessoas dançarem, dá vontade até de chorar. Parece que estou levando o Maranhão comigo pros palcos. Amo muito.”
Fonte: FolhaPress