Serão duas doses por pessoa, com intervalo de 21 dias entre cada uma. Em dezembro, Doria afirmou que não será necessário comprovar residência no Estado para tomar a vacina.
Conforme o governo, além dos 5,2 mil postos de vacinação no Estado, poderão ser usados para imunização escolas, quartéis da Polícia Militar, terminais de ônibus, estações de trem, farmácias e postos drive-thru, o que elevaria para 10 mil os locais de aplicação de doses. Esses espaços funcionarão de segunda a sexta, das 7 às 22 horas, e aos sábados e domingos, das 7 às 17 horas.
O secretário de Saúde da capital, Edson Aparecido, disse à Rádio Eldorado prever uma capacidade de vacinação de 600 mil pessoas por dia. “Vamos usar 12 mil funcionários de apoio, 15 mil enfermeiros e três mil pontos de vacinação. Fora as 468 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), hospitais, Amas (Assistência Médica Ambulatorial), igrejas e toda estrutura está montada”, afirmou ele. “Já adquirimos 15 milhões de seringas, 14 milhões de agulhas, mais insumos utilizados.”
Cobrança
O governo estadual ainda pressionou os prefeitos sobre descumprimentos do Plano São Paulo, de reabertura econômica. Doria havia determinado que todo o Estado voltasse à fase vermelha (a mais restritiva, em que só podem abrir serviços essenciais, como mercados e farmácias) nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e nos dias 1º, 2 e 3 de janeiro.
Mas parte das prefeituras – menos de 20, segundo o Estado – descumpriu a determinação, a exemplo de Santos. Em nota, a prefeitura de Santos afirmou que no fim do ano “realizou ações mais restritivas, fiscalizando o uso da máscara, implantando barreiras sanitárias e fazendo bloqueios na orla”. Os prefeitos que descumpriram as normas podem ser denunciados pelo Ministério Público.
O secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, disse que a desobediência terá consequências para os municípios. “Vamos priorizar aqueles que seguem o Plano São Paulo. Aqueles que forem irresponsáveis irão para o fim da fila nos atendimentos”, afirmou.
Mais tarde, Vinholi disse ao Estadão que a fala não se refere à vacinação ou outras ações essenciais, mas “na construção de parcerias” com essas prefeituras e afirmou que vão priorizar “gestões responsáveis”.
“Esperamos que essas exceções não mais aconteçam”, disse Doria. “Esse ano de 2021 será muito mais difícil do que imaginamos até outubro passado”, acrescentou. Segundo o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, dez hospitais paulistas atingiram a capacidade máxima com o avanço da covid este ano, mas não detalhou quais. Ele disse que vai ampliar o total de leitos.
Fonte: IstoéDinheiro