Com uma possível segunda onda de Covid-19 a caminho, o Airbnb conseguirá segurar seus resultados e ter uma boa estreia na Bolsa?
Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Essa poderia ser a trilha sonora do Airbnb em 2020. Após um ano cinzento e doloroso, a empresa de compartilhamento de hospedagem surpreendeu o mercado ao anunciar que pretende levantar US$ 1 bilhão (R$ 5,37 bilhões, no câmbio de sexta-feira) em oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês).
Após ser duramente afetada no período de quarentena, a plataforma apresentou publicamente seu prospecto à Securities and Exchange Comission (SEC) em 16 de novembro. Além disso, divulgou seus números mostrando como a empresa aguentou a porrada da pandemia, coisa que muitos duvidavam.
“Quando as fronteiras foram fechadas e as viagens pararam, nosso negócio diminuiu em quase 80%… Não acho que muitas pessoas esperavam que abríssemos o capital este ano. Eu sei que algumas pessoas questionaram se conseguiríamos”, escreveu Brian Chesky, co-fundador e presidente-executivo do Airbnb.
A empresa apresentou um resultado surpreendente, registrou um lucro de US$ 219 milhões no terceiro trimestre, por conta de dois fatores: a recuperação parcial de seus negócios e, principalmente, os cortes de custos agressivos na primavera dos EUA.
A receita da companhia no terceiro trimestre foi a segunda maior de todos os tempos, batendo US$ 1,34 bilhão. Contudo, vale lembrar que a companhia perdeu mais dinheiro nos primeiros nove meses de 2020 do que em 2019.
De acordo com o The Wall Street Journal, o Airbnb deve ser avaliado em US$ 30 bilhões em sua oferta. A cifra ainda pode ser atualizada, contudo, a expectativa bilionária mostra uma gigantesca ambição de seu IPO.
O serviço de hospedagem deve ser listado na Nasdaq com o ticker “ABNB”. A estreia deve ser liderada pelo Morgan Stanley e Goldman Sachs, além de outros 30 subscritores.
Fonte: BizNews