JÚLIA MOURA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Na corrida pelo imunizante, laboratórios viraram alvo de investidores.
A Johnson & Johnson, por exemplo, teve uma alta de 14,4% em abril, depois de anunciar que a empresa e o governo americano pretendiam investir mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,39 bilhões) para produzir mais de um bilhão de doses da vacina e de divulgar uma alta de 55% no seu lucro líquido dos três primeiros meses de 2020, em comparação ao primeiro trimestre de 2019, para US$ 5,80 bilhões (R$ 31,3 bilhões).
Em julho, quando a vacina da Pfizer teve seus primeiros resultados positivos em humanos, as ações da empresa saltaram 17,7%.
Com a forte alta das ações da companhia, executivos da farmacêutica aproveitaram para vender fatias de suas participações.
No dia 9, quando a análise preliminar dos testes de fase 3 foi divulgada, os papéis da Pfizer fecharam em alta de 7,7%. Naquele pregão, o presidente da companhia, Albert Bourla, se desfez de 62% das ações que tinha na empresa a US$ 41,94 cada, embolsando cerca de US$ 5,6 milhões (R$ 30 milhões).
Em 2019, quando Bourla assumiu a chefia da farmacêutica, ele recebeu uma remuneração de US$ 13,3 milhões (R$ 72 milhões), sendo apenas 39% em dinheiro. Nos EUA, é comum que a maior parte do salário de executivos de grandes companhias seja via ações.
Ele continua com 81,8 mil ações, segundo informações prestadas à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, que regula o mercado de capitais).
A vice-presidente da empresa, Sally Susman, vendeu US$ 1,83 milhões (R$ 9,9 milhões) em ações da Pfizer, correspondente a 29% de sua participação na empresa.
Ambos os negócios foram programados previamente para quando as ações atingissem determinados preços, o que os exime do crime de “insider trading” (uso de informações privilegiadas para a obtenção de ganhos no mercado financeiro).
Do contrário, a possibilidade poderia ser aventada dado que ambos sabiam a data do anúncio de eficiência da vacina.
Bourla aderiu a um plano de carreira da Pfizer, autorizando a venda das ações em agosto deste ano. Sally fez o mesmo, com a autorização em novembro de 2019.
Com a alta de 245% dos papéis da Moderna no ano, o presidente da farmacêutica, Stephane Bancel, vendeu mais de meio milhão de ações da companhia, diminuindo sua participação na farmacêutica para 1,75%, o que equivale a cerca de US$ 565 milhões (R$ 3 bilhões).
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