Internacional
Sábado, 4 de maio de 2024

Biden abre 13 pontos de vantagem, e popularidade de Trump é pior em 7 meses

Pesquisa Reuters/Ipsos também mostra erosão de base de apoio do presidente

O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, conquistou uma vantagem de 13 pontos sobre o presidente Donald Trump —a maior deste ano, de acordo com a pesquisa Reuters/Ipsos mais recente— agora que os norte-americanos estão ficando mais severos com Trump devido à pandemia de coronavírus e aos protestos contra o racismo policial.

Na enquete feita entre 10 e 16 de junho, 48% dos eleitores registrados disseram que votarão em Biden na eleição de 3 de novembro, e 35% afirmaram que apoiarão Trump.

A dianteira de Biden é a maior já registrada por uma pesquisa Reuters/Ipsos desde que os democratas iniciaram suas disputas estaduais neste ano para escolher o indicado do partido para enfrentar Trump.

Uma sondagem semelhante feita pela rede CNN no início do mês mostrou Biden com uma vantagem de 14 pontos sobre Trump entre eleitores registrados —o voto não é obrigatório no país.

A pesquisa Reuters/Ipsos também mostrou que 57% dos adultos norte-americanos desaprovam o desempenho de Trump no cargo e que só 38% o aprovam, o que assinala a menor taxa de aprovação do presidente desde novembro, quando tramitava no Congresso um inquérito sobre o impeachment do republicano.

Em um sinal de alerta claro para Trump, sua própria base de apoio parece estar se erodindo. O endosso dos republicanos a Trump diminuiu 13 pontos entre março e junho.

A mudança de opinião ocorre no momento em que a nação é assolada pela pandemia de coronavírus, pelo colapso econômico resultante da crise e pelo extravasamento da revolta e da frustração após os numerosos confrontos fatais entre policiais brancos e vítimas negras, incluindo a morte de George Floyd sob custódia da polícia de Minneapolis no mês passado.

Trump, que inicialmente minimizou a ameaça do coronavírus, entrou em atrito com governadores enquanto eles tentavam frear a disseminação do vírus e pressionou as autoridades locais para que permitissem que os negócios reabrissem, apesar dos alertas das autoridades de saúde sobre os riscos crescentes de transmissão.

Mais de 116 mil pessoas morreram por causa do vírus e mais de 2,1 milhões foram infectadas nos EUA, de longe os piores números de todo o mundo. Alguns estados que reabriram, como Flórida, Arizona e Texas, estão vivendo um aumento de casos.

No quesito economia e empregos, Trump ainda se saiu melhor do que Biden: 43% dos eleitores registrados disseram pensar que Trump conduziria a economia melhor do que Biden, e 38% afirmaram o contrário.

A pesquisa Reuters/Ipsos foi realizada online em todo o território dos Estados Unidos. A enquete foi respondida por 4.426 norte-americanos adultos, incluindo 2.047 democratas e 1.593 republicanos. O levantamento tem medida de precisão de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Fonte: Folha