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Segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Grande SP continua na fase vermelha do plano de abertura da quarentena

TAYGUARA RIBEIRO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O processo de abertura da economia continua igual na Grande São Paulo, de acordo com a análise parcial do governo do estado, gestão João Doria (PSDB). Segundo os dados dessa semana, a região apresentou leve melhora nos indicadores, mas não o suficiente para sair da fase vermelha e começar a flexibilizar algumas atividades não essenciais, estágio no qual já está a capital paulista – fase laranja.
A mudança de fase no processo de reabertura paulista ocorre a cada 15 dias. Ou seja, a situação ainda pode mudar caso os indicadores da região melhorem. Na próxima quarta-feira (10), o governo irá informar os índices finais e quais regiões no estado poderão iniciar o processo de flexibilização das atividades econômicas.
Caso a Grande São Paulo melhore os números nessa semana, algumas das sub-regiões (divisão realizada pelo governo para analisar a evolução da pandemia) poderão começar a abertura. As novas classificações começarão a valer a partir do dia 15 de junho.
Os dados compilados entre os dias 26 de maio e 2 de junho apontam melhora em três dos cinco critérios na média estadual, segundo a gestão Doria. A taxa de ocupação de leitos de UTI caiu de 73,5% para 72,4%, o número de vagas por 100 mil habitantes foi de 11,8 para 13,3 e as internações decresceram três pontos percentuais.
Por outro lado, houve aumento de 61% no número de casos confirmados e de 23% no número de mortes por Covid-19. O governo do estado avalia que uma elevação no número de casos novos está vinculada ao aumento da testagem.
Os dados apontam uma melhora na capacidade hospitalar na Grande São Paulo. A taxa de ocupação de leitos UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) caiu de 93% para 85,5%, o que seria reflexo de da implementação de novos leitos, 161 novas vagas na região metropolitana.
O governo estabeleceu cinco fases de reabertura de atividades econômicas não essenciais. Os critérios para definir em qual fase cada região está são: média da taxa de ocupação de leitos de tratamento intensivo para Covid-19; número de leitos UTI por 100 mil habitantes; e taxas de acréscimo ou decréscimo de casos confirmados, internações e mortes pela doença na comparação com a semana anterior.
“É muito importante desfazer opiniões equivocadas sobre o Plano São Paulo. São Paulo não liberou geral, a retomada da economia será feita de forma gradual, sensível, segura e amparada na ciência. Nenhuma medida aqui será precipitada”, afirmou o Doria durante entrevista coletiva, nesta quarta-feira (3).
“A quarentena nos ajudou, ajuda e continuará a ajudar a fortalecer o sistema de saúde. Em apenas dois meses, abrimos sete hospitais de campanha, aumentamos em 60% o número de leitos totais e dobramos as vagas em UTIs”, acrescentou o governador.
Por enquanto, não há alteração nas classificações de quarentena anunciadas na semana passada. Continuam com restrição máxima os municípios da Grande São Paulo – exceto a capital -, Baixada e Registro. Dez regiões estão na fase 2 (laranja), com flexibilização de algumas atividades como comércio, shoppings e setor imobiliário.
Mudança na análise Após ser pressionado por prefeitos de Guarulhos e de cidades da região do ABC, o governo estadual mudou a forma de análise do plano de reabertura econômica na Grande São Paulo. Agora, a região metropolitana foi dividida em cinco microrregiões para avaliação dos indicadores de contágio do novo coronavírus ou ocupação de leitos de UTIs por pacientes com a Covid-19.
A capital paulista não foi incluída na subdivisão. A cidade está na faixa laranja e começou a definir a na segunda-feira (1º) como será a reabertura de lojas, shoppings, imobiliárias e concessionárias, entre outros. Bares, restaurantes, salões de beleza e academias de ginásticas ainda não têm autorização para abrir.
Com a medida, as avaliações serão feitas com base nos dados dessas microrregiões, e não mais individualmente por cada cidade, o que facilita a reabertura de pelo menos parte dos municípios da Grande São Paulo.
Para avalizar o início do processo de reabertura de cada local, o governo estadual analisa indicadores como capacidade hospitalar e taxa de avanço do coronavírus. Quando estes dados são avaliados conjuntamente, os números de cidades com um índice ruim se somam ao de cidades com melhores índices.
Capital se reúne com Vigilância Sanitária A prefeitura, gestão Bruno Covas (PSDB), se reuniu nesta terça (2) com representantes da Vigilância Sanitária, além da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, para analisar as propostas enviadas por 50 associações dos cinco setores que eventualmente poderão reabrir ao público na cidade.
O governo municipal afirmou que ainda pode devolver as proposições a entidades, para que sejam corrigidas e, posteriormente, endossadas pela prefeitura. A data para a reabertura gradual de comércios, porém, ainda não foi anunciada.
Ainda de acordo com a prefeitura, somente entidades setoriais podem enviar os protocolos solicitando a reabertura de comércios. “Os cidadãos que quiserem contribuir deverão enviar suas sugestões para as empresas onde trabalham ou entidades de classe”, diz trecho de nota.
Já as empresas devem enviar suas propostas para as entidades setoriais, que serão responsáveis pelo envio à prefeitura.