ISABELA BOLZANI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Bradesco anunciou nesta terça-feira (19) que estenderá a prorrogação de prazos de dívidas de 60 para até 120 dias de carência para empresas e pessoas físicas que venham a enfrentar problemas por conta do coronavírus.
A medida, que começou a valer nesta segunda-feira (18), está disponível, inclusive, para os clientes do banco que já haviam feito a prorrogação anteriormente.
O Bradesco anunciou também que novas operações terão 90 dias de carência e prazo de até 72 meses para o pagamento. A medida abrange apenas algumas linhas.
Para pessoas físicas, estão inclusos crédito pessoal, CDC (crédito direto ao consumidor) veículos, crédito parcelado, imobiliário e cheque especial. Já para pessoas jurídicas, a prorrogação vale apenas para empréstimos para capital de giro.
Segundo Leandro Diniz, diretor de empréstimos e financiamento do banco, o novo programa tem potencial para viabilizar R$ 50 bilhões em repactuações. No total, o Bradesco já prorrogou R$ 40 bilhões.
Em 16 de março, os cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander) afirmaram que estariam abertos a discutir a prorrogação, por 60 dias, de pessoas físicas e jurídicas. A medida foi anunciada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), na época.
O banco afirmou ainda que estenderá, por conta própria, a linha voltada para a folha de pagamento de empresas com faturamento anual abaixo de R$ 360 mil e acima de R$ 10 milhões e que, para tanto, disponibilizou um limite pré-aprovado de R$ 2,4 bilhões para essas companhias.
A linha do banco, no entanto, será mais cara -enquanto as taxas de juros dos financiamentos cedidos com garantia do Tesouro Nacional começam em 0,31% ao mês, a nova modalidade do banco cobra a partir de 0,65% ao mês. A linha também conta com uma carência de até seis meses.
Atualmente, o financiamento para o pagamento dos salários de funcionários faz parte de uma ação anunciada pelo governo no início de abril. A medida liberou R$ 40 bilhões para o propósito -sendo 85% financiado pelo Tesouro Nacional e 15% pelos bancos- e abrange empresas com faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 10 milhões.
As micro, pequenas e médias empresas, no entanto, já relataram dificuldades no acesso ao crédito nos bancos. Os últimos dados do Banco Central, que mostram a demanda até 11 de maio apontam que dos R$ 40 bilhões disponibilizados, apenas cerca de R$ 1,5 bilhão foram emprestados.
Por meio do Tesouro, o Bradesco já financiou a folha de pagamento de cerca de 25 mil empresas, com um valor total próximo de R$ 430 milhões.
Segundo Diniz, o banco ainda tem duas oportunidades de captação de empresas para a modalidade: aquelas que são clientes, mas não possuem a folha de pagamento pelo banco (que equivalem a 92 mil companhias) e outros 11 mil negócios que já possuem a folha de pagamentos pelo banco, mas ainda não pediram o financiamento pela linha.
“Estamos olhando dia a dia e acompanhando as necessidades do mercado. A indústria está sendo muito proativa em entender o momento diferente e tem sido um aprendizado”, afirmou o diretor.
O banco também anunciou que disponibilizou outros R$ 27 bilhões de crédito pré-aprovado para outras linhas voltadas para pessoas jurídicas e que incluindo pessoas físicas, o total pré-aprovado chega a R$ 100 bilhões.
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