Política
Sábado, 23 de agosto de 2025

Michelle Bolsonaro levou bronca de policiais durante buscas, diz relatório

Depois que recebeu advertências, ex-primeira dama colaborou com agentes

Relatório da Polícia Federal, encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal), detalha que, durante buscas e apreensão realizadas em 18 de julho na casa de Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro levou bronca dos policiais por não obedecer às orientações.

Os policiais federais cumpriam mandado de busca e apreensão na residência do ex-presidente, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, no âmbito das investigações sobre os crimes de coação no curso do processo, obstrução à Justiça e ataque à soberania nacional. Bolsonaro foi indiciado pela PF.

Segundo o relatório, os agentes federais chegaram ao condomínio onde mora Bolsonaro por volta das 7h15 e se dirigiram até a casa do ex-presidente.

No local, o primeiro contato dos policiais foi com um segurança, que ligou para Michelle. Os agentes tiveram que esperar por alguns minutos até serem atendidos pelo próprio ex-presidente, que abriu a porta.

Bolsonaro permitiu a entrada dos agentes federais, no entanto, durante as buscas, Michelle foi “recalcitrante” em relação ao cumprimento das orientações repassadas pelos policiais, conforme o relatório.

“Após seguidas advertências da equipe quanto ao cumprimento da medida judicial, a esposa do investigado passou a adotar postura colaborativa”, descrevem os investigadores no documento.

Durante as buscas, agentes da PF apreenderam cerca de US$ 14 mil na casa do ex-presidente, em Brasília.

À época, além da residência de Bolsonaro, a PF também cumpriu mandados de busca e apreensão no prédio da sede do PL, em Brasília.

A operação também teve como objetivo a aplicação de medidas cautelares ao ex-presidente, que passou a usar tornozeleira eletrônica e foi determinado o recolhimento domiciliar noturno e aos finais de semana.

Após uma sequência de descumprimentos das medidas, conforme decisão judicial, Moraes determinou a prisão domiciliar do ex-presidente em 4 de agosto, além da apreensão do celular de Bolsonaro.

Fonte: CNN