
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu adiar uma assembleia geral extraordinária prevista para quarta-feira, 18, que deveria deliberar sobre a fusão entre as processadoras de alimentos Marfrig e BRF, de acordo com ata de reunião do órgão regulador de mercado e fato relevante das empresas publicado nesta terça-feira, 17.
A medida adia processo para a Marfrig incorporar a totalidade das ações de emissão da BRF, formando a MBRF, uma empresa global do setor de carnes e alimentos processados com receita de R$152 bilhões consolidada em 12 meses.
As companhias afirmaram em fato relevante que estão avaliando, em conjunto com seus assessores, o teor da referida decisão da CVM, “bem como as eventuais medidas cabíveis, incluindo eventual pedido de reconsideração”.
BRF e Marfrig afirmaram também que manterão o mercado informado sobre os desdobramentos do assunto, inclusive com relação à data de realização das assembleias gerais extraordinárias da BRF e da Marfrig convocadas para o dia 18 de junho.
O colegiado decidiu, por unanimidade, pelo provimento do pedido de adiamento da assembleia pelo prazo de 21 dias contados a partir da disponibilização das informações pela companhia.
A decisão sobre a assembleia veio após a Superintendência de Relações com Empresas (SEP), da CVM, sugerir o adiamento da assembleia após pedidos de acionistas minoritários requerendo observância de pontos como alegadas irregularidades na constituição dos Comitês Especiais; alegado descumprimento das regras de conflito de interesses, com eventual atuação indevida de administradores, entre outros fatores.
A sugestão da SEP considerou o adiamento da assembleia até a apresentação de informações suficientes aos acionistas da BRF para a compreensão dos critérios e informações que levaram o comitê e o conselho de administração da companhia a entender adequado o preço base de cada companhia, utilizado para cálculo da relação de troca proposta.
No plano anunciado em meados de maio, a Marfrig, que já possui uma participação controladora na BRF, assumiria o restante em um acordo de troca de ações.
Fonte: IstoéDinheiro