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O Bradesco reportou nesta sexta-feira lucro líquido recorrente de R$5,4 bilhões no quarto trimestre do ano passado, um salto de 87,7% em relação ao mesmo período de 2023, enquanto divulgou previsões para 2025, quando espera desaceleração no crescimento da sua carteira de crédito.
O resultado dos últimos três meses de 2024 ficou um pouco acima do valor apontado por previsões compiladas pela Lseg, de R$5,33 bilhões, e representou um acréscimo de 3,4% em relação ao terceiro trimestre.
O Bradesco afirmou que estima expansão de 4,% a 8% na carteira de crédito expandida neste ano, que cresceu 11,9% em 2024, superando a previsão do banco, de aumento de 7% a 11%.
Para a margem financeira líquida, o banco calcula algo entre R$37 bilhões e R$41 bilhões, o que representaria uma melhora em relação a 2024, quando essa linha do balanço ficou em R$34 bilhões.
O Bradesco estimou ainda que a receita de serviços deve crescer entre 4% e 8%, enquanto para as despesas operacionais devem avançar 5% a 9%. No caso das operações de seguros, previdência e capitalização, o banco projeta elevação de 6% a 10%.
Lucro de R$ 18,5 bilhões em 2024
Em 2024, o banco teve lucro líquido recorrente de 19,55 bilhões de reais, alta de 20% em relação ao exercício anterior.
O banco mostrou no balanço forte redução em sua rede física. Em dezembro, o Bradesco tinha 2.305 agências no país ante 2.864 unidades um ano antes. Os postos de atendimento caíram de 4.169 para 2.970 e as unidades de negócios encolheram de 897 para 728.
No quarto trimestre, o Bradesco teve margem financeira de R$16,995 bilhões, alta de 5,4% ano a ano e de 6,2% no trimestre, com a margem com clientes crescendo 4,7% e 3,3%, respectivamente. A margem financeira líquida saltou 70,1% ano a ano e cresceu 7,5% na base trimestral para R$9,535 bilhões.
O retorno sobre o patrimônio (ROAE) do Bradesco ficou em 12,7% no quarto trimestre, alta de 5,8 pontos percentuais frente aos mesmos meses de 2023 e de 0,3 ponto em relação ao trimestre imediatamente anterior.
No trimestre passado, a carteira somou R$981,69 bilhões, alta de 11,9% ano a ano e 4% no trimestre, com o índice de inadimplência de mais de 90 dias ficando em 4% (-1,1 ponto ano a ano e -0,2 pontos trimestre a trimestre).
O indicador “NPL creation”, ou o saldo de empréstimos que passaram a ser inadimplentes com mais de 90 dias do vencimento no trimestre, somou R$8,392 bilhões, de R$8,066 bilhões um ano antes e R$8,076 bilhões no terceiro trimestre. Mas em relação à carteira, o índice ficou estável em 1,2% no trimestre, melhorando 0,1 ponto na comparação com o quarto trimestre de 2023.
A carteira de financiamento a pessoas físicas mostrou aumento de 13,3% em 12 meses e de 4,3% no trimestre, enquanto a de pessoas jurídicas teve alta de 10,9% e 3,8%, respectivamente. As micro, pequenas e médias empresas mostravam elevação de 28% e 11,2%.
A provisão expandida para inadimplência somou R$7,46 bilhões, de R$10,52 bilhões um ano antes e R$7,13 bilhões no terceiro trimestre.
O Bradesco encerrou o quarto trimestre do ano passado com índice de Basileia de 14,8%, índice de Nível I de 12,4% e índice de capital principal de 10,5%.
Fonte: Reuters